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Com ministro de Dilma, Garotinho se lança candidato para “acabar” com PMDB no Rio

Em seu discurso, candidato do PR prometeu anular concessão do Maracanã

Por Daniel Haidar, do Rio de Janeiro
29 jun 2014, 18h09

Com a presença do ministro Ricardo Berzoini (PT), da Secretaria de Relações Institucionais, o deputado federal Anthony Garotinho (PR) teve oficializada sua candidatura ao governo do estado do Rio de Janeiro neste domingo. O ex-governador do Rio (1999-2002) indicou uma espécie de pacto de não agressão com o concorrente Lindbergh Farias (PT) para tirar o PMDB do poder. “Temos que nos poupar, porque temos um adversário em comum, o PMDB. Não vi críticas de Lindbergh a meu respeito. Qualquer um que estiver no segundo turno contra o PMDB terá meu apoio. A prioridade é acabar com esse governo”, afirmou Garotinho à jornalistas.

Embora Garotinho seja apenas mais um, dos quatro palanques de Dilma no Rio, o candidato do PR foi o primeiro pretendente ao governo estadual que teve a candidatura lançada com presença de um representante do Palácio do Planalto. Nenhum emissário de Dilma compareceu ao lançamento da campanha do senador Lindbergh Farias (PT), que se aliou com o PSB e também participará de atos com o presidenciável pessebista Eduardo Campos no Rio. Também houve indiferença do Planalto à convenção que lançou o governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) à reeleição e à reunião do PRB para oficializar a candidatura do senador Marcelo Crivella (PRB) ao Palácio Guanabara. Pezão diz apoiar Dilma, mas admite que o PMDB fluminense vai fazer campanha em peso para o senador Aécio Neves (PSDB) e que ainda dará palanque para o presidenciável Everaldo Pereira (PSC).

Na última semana, o Planalto atuou para empurrar o PROS para a coligação do PR e dar mais tempo de televisão para Garotinho. O arranjo fez surgir o primeiro candidato ao Senado no Rio que não faz oposição a Dilma: o deputado federal Hugo Leal (PROS). A ajuda irritou Lindbergh, que também tentou atrair o PROS para sua coligação. Garotinho retribuiu o auxílio e prometeu se empenhar na campanha de Dilma.

“Sempre tive afinidade com Dilma. Fui do PDT durante 18 anos com ela. Não posso ser hipócrita e dizer que sumiram todas as diferenças com o PT. Mas nós temos que ter uma posição clara em campanha politica. Pezão fica parecendo que é a Dona Flor, com dois maridos”, afirmou Garotinho.

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Em discurso a cerca de 8.000 pessoas em um centro de convenções no centro do Rio, Berzoini mencionou o apoio de Dilma ao candidato do PR. “Estou aqui para trazer um abraço da presidente Dilma a Garotinho”, afirmou.

Ao falar com jornalistas, Berzoini se recusou a comentar a última polêmica da Secretaria de Relações Institucionais, que pediu ao PMDB a lista dos 60 prefeitos da base aliada que compareceram ao lançamento do Aezão, em uma churrascaria do Rio, um ato de apoio à campanha de Aécio. Em nenhum momento, Berzoini mencionou o nome de Lindbergh ao comentar os palanques de Dilma no Rio. “Garotinho é uma candidatura no campo popular. Existem outras que dialogam com a presidente Dilma. Tem um que é do mesmo partido e tem a do senador Crivella também”, afirmou Berzoini.

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Em discurso na convenção, Garotinho priorizou críticas ao ex-governador Sérgio Cabral (PMDB) e ao seu sucessor, Luiz Fernando Pezão (PMDB). “Cabral saiu tão desmoralizado que mandou botar grade (na cerimônia de transferência de cargo a Pezão) para o povo não chegar perto. Um governo covarde como esse tem que ser colocado na lata de lixo da história”, afirmou Garotinho em discurso, ao lado de Berzoini.

Com a retórica habitual, inflamada e nada conciliadora, Garotinho prometeu, se eleito, anular concessões assinadas no governo Cabral, como o Maracanã. Entre as promessas populistas de Garotinho estão criar um “batalhão de defesa social”, liberar o transporte alternativo de vans e “colocar os presos para trabalhar”. “Vamos dar liberdade ao transporte alternativo. Pode ter miliciano, mas tem miliciano que trabalha no Palácio Guanabara”, afirmou. “Tenho um recado para o senhor Eike Batista. Meu primeiro ato vai ser anular a privatização do Maracanã”, acrescentou.

O nome do candidato a vice de Garotinho foi mantido em sigilo. O ex-governador afirmou que “tem esperança” de que o senador Marcelo Crivella (PRB) aceite entrar na sua coligação como vice. Na semana passada, Crivella negou que vá desistir de concorrer ao Palácio Guanabara e apoiar outro partido.

“Ainda farei um apelo ao senador Crivella, para que ele reflita sobre esse momento que estamos vivendo. Nas duas vezes em que ele venceu a disputa ao Senado, teve nosso apoio”, afirmou.

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