Com atraso, governo corre para minimizar estragos da chuva no ES

Depois de atravessar um ano sem tomar ações de prevenção contra chuvas no Espírito Santo, o governo federal agora corre para reparar os estragos no Estado, que sofre os efeitos dos já esperados temporais de verão. Nesta quinta-feira, o Ministério da Saúde anunciou uma série de medidas para reforçar o atendimento às regiões afetadas pelas enchentes, como o encaminhamento de mais duas toneladas de medicamentos e insumos para o Estado e a oferta de mais veículos e equipes para fazer o transporte das vítimas. As chuvas já deixaram 23 pessoas mortas e 61.000 desabrigadas.

Conforme mostra levantamento da ONG Contas Abertas, até o último dia 24, dos 3,3 bilhões de reais destinados aos Estados pelo governo federal para a prevenção e recuperação das áreas atingidas por desastres naturais, apenas 13,6 milhões de reais beneficiaram o Espírito Santo. A verba nem chegou ao Estado por atrasos na liberação de recursos.

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Ainda nesta quinta devem ser enviados ao Estado 2 toneladas de remédios – totalizando 4 toneladas de produtos como antibióticos, anti-inflamatórios e ataduras enviadas à região. O Ministério da Saúde anunciou ainda que vão ser deslocadas para a região mais três equipes de resgate aéreo – formadas por um médico, um enfermeiro e um técnico de enfermagem -, quatro ambulâncias e dois coordenadores nacional da Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS). Para garantir o consumo de água potável, serão enviados mais 10.000 frascos de hipoclorito – um composto químico que ajuda a desinfetar a água.

O governo também disponibilizou três helicópteros e três aviões da Força Aérea Brasileira (FAB), que retiram as vítimas dos escombros por meio de procedimento com guincho – puxando-as com o auxílio de uma corda. Entre os dias 24 e 26 de dezembro foram resgatadas 162 pessoas – somente nesta quinta foram 74 resgates.

As aeronaves oficiais também ajudam a levar suprimentos para a região. Ao todo, foram transportadas cerca de 8 toneladas de medicamentos, alimentos e água potável em voos oficiais. O órgão informou que não tem previsão de deixar o Estado, já que as chuvas ainda não cessaram. O Exército no Rio de Janeiro enviou 230 homens para auxiliar o trabalho de resgate às vítimas.