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Cardozo admite que se encontrou com Maranhão para “convencê-lo” a anular sessão do impeachment

Advogado-geral da União (AGU), José Eduardo Cardozo, afirmou que é normal um advogado se encontrar com os juízes de direito

Por Da Redação 9 Maio 2016, 17h36

O advogado-geral da União (AGU), José Eduardo Cardozo, admitiu nesta segunda-feira que se encontrou duas vezes com o presidente interino da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão (PP-MA), para convencê-lo a acatar o pedido da AGU de anular a sessão da Câmara dos Deputados que aprovou o impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Segundo Cardozo, a primeira reunião aconteceu na sexta-feira e a segunda, no domingo à noite, em um jantar na casa do vice-líder do governo, Silvio Costa (PTdoB-PE), no qual também estava presente o governador do Maranhão, Flavio Dino (PCdoB). Questionado pelos jornalistas se não via esses encontros como pouco republicanos, Cardozo afirmou que “é normal” um advogado se encontrar com os juízes de direito. “Eu fiz aquilo que qualquer advogado faria. Você despacha com os juízes. Eu o procurei, expus para ele os argumentos e disse que o PT poderia judicializar o caso. Se não fosse republicano eu não diria que ocorreu”, afirmou Cardozo.

Indagado sobre o motivo de não ter informado o encontro em sua agenda oficial, Cardozo disse que cometeu um “lapso” nesse ponto e que já está orientando sua equipe a divulgá-lo oficialmente.

Na nota de repúdio à decisão do interino, o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), cujo mandato está suspenso pelo STF, afirmou que a influência de Cardozo na decisão de Maranhão revela uma “interferência indevida na tentativa desesperada de evitar a consumação, pelo Supremo Tribunal Federal, da instauração do processo de impeachment da Presidente da República”, conforme disse, em nota.

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Cardozo também se mostrou um pouco desconectado com os desdobramentos do impeachment no Senado. Chamou de “hipótese” os rumores de que o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), ignoraria a decisão de Maranhão e daria prosseguimento ao processo no Senado, o que se concretizou minutos depois da coletiva na manifestação de Renan na tribuna.

O advogado-geral da União evitou dizer se recorrerá da decisão do peemedebista ao Supremo, mas afirmou que vai entregar uma petição a Calheiros para que ele devolva o processo de impeachment à Câmara. “A partir deste momento, é preciso realizar novamente a sessão de votação. Nula a autorização, fatalmente será nulo o processo que der prosseguimento à revelia dessa autorização”, disse ele.

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