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Cabral anuncia ocupação da Rocinha no fim de semana

Governador do Rio afirma que até o domingo a maior favela da zona sul estará incluída no processo de 'pacificação'. Blindados da Marinha serão usados

Por Da Redação
10 nov 2011, 12h48

O governador do Rio, Sérgio Cabral, afirmou, na manhã desta quinta-feira, que até o fim de semana estará concluído o processo de ocupação da Rocinha, para a criação de mais uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP). A data da retomada do território na Rocinha ainda não havia sido claramente informada pelo estado, mas o domingo, 13, era a data mais provável, segundo fontes da própria polícia.

A ocupação da Rocinha inicia o último ciclo do que o estado chama de processo de pacificação na zona sul. A favela é a única grande área desta porção da cidade ainda sob controle de traficantes de drogas. A prisão do traficante Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem da Rocinha, na madrugada desta quinta-feira, foi talvez o maior lance de sorte de Cabral, do secretário de Segurança José Mariano Beltrame e dos policiais envolvidos na ação.

A prisão de Nem dá nova força às UPPs. E, pela importância simbólica do traficante, serve de resposta para uma das críticas ao processo de ‘pacificação’: até hoje, os principais bandidos sempre escaparam antes da chegada da polícia, e quem descia o morro algemado eram os ‘peixes pequenos’. Nem é um ‘peixão’: o bandido formou ao seu redor uma aura de impunidade e de poder sobre a própria polícia, regada a muita corrupção. A estimativa da polícia é de que o bando comandado por Nem tenha cerca de 200 homens.

Em entrevista coletiva no quartel-general da Polícia Militar na manhã desta quinta-feira, o coronel Pinheiro Neto, chefe do Estado Maior operacional da PM do Rio, afirmou que a prisão do traficante Nem foi a segunda fase de uma grande operação em torno da Rocinha. A ação, segundo Pinheiro Neto, começou em 1º de novembro, com uma série de ações em favelas da facvação Amigos dos Amigos e em possíveis rotas de fuga de traficantes da Rocinha, com participação das polícia Militar e Civil, Polícia Rodoviária Federal, setores da inteligência da Secretaria de Segurança e da Polícia Federal.

“Começamos ações em locais de acolhimento de marginais que poderiam fugir da Rocinha e do Vidigal”, disse o oficial.

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Segundo o oficial, o ‘cerco tático preventivo’ à Rocinha estava programado para 36 horas antes da ocupação, mas os desdobramentos das ações da polícia aceleraram o cronograma.

O governo do estado obteve autorização do Ministério da Defesa para uso de veículos blindados da Marinha na operação de ocupação da Rocinha. Assim como no Complexo do Alemão, os veículos serão operados por fuzileiros navais, que estarão a serviço da Secretaria de Segurança.

Pinheiro Neto rejeitou a expressão “invasão” da Rocinha durante a coletiva da manhã desta quinta-feira. “Quem invadiu a Rocinha foram os traficantes. Nós vamos recuperar aquela área”, disse.

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