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Brasil e Chile assinam declaração de apoio mútuo

Redemocratização da Venezuela e entrada brasileira na OCDE fazem parte do documento assinado por Jair Bolsonaro e Sebastián Piñera

Por Ana Weiss
Atualizado em 25 mar 2019, 18h05 - Publicado em 23 mar 2019, 15h32

No Chile, o presidente Jair Bolsonaro assinou, neste sábado, 23, acordo de colaboração com o presidente Sebastián Piñera. No Palácio de La Moneda, ele concedeu uma coletiva de imprensa em que falou sobre a importância do livre comércio, da parceria entre os países, da sua popularidade no Chile e da importância da aprovação da reforma da Previdência, ressaltando que “confia na maioria dos parlamentares brasileiros” para que o país não reproduza o problema vivido por “países europeus”.

O acordo formaliza a aproximação entre Mercosul e Aliança do Pacífico, reiterando uma declaração assinada em julho de 2018. Em julho deste ano, os blocos estarão sob a coordenação do Brasil e do Chile, respectivamente, momento em que os dois governos poderão acelerar os projetos de livre comércio e apoio político entre ambos e as demais nações que hoje se alinham com o Prosul — cuja criação foi oficializada com a assinatura da Declaração de Santiago, feita por oito representantes de países sul-americanos, incluindo Jair Bolsonaro.

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A Venezuela é um dos pontos do acordo. Além do compromisso em apoiar o Grupo de Lima, o contrato entre Brasil e Chile fala em “restaurar a democracia” no país. Restauração que, segundo o texto, requer: a realização de eleições presidenciais livres e justas, conforme os padrões internacionais; a liberação de todos os presos políticos; e o fim da sistemática violação dos direitos humanos. O tratado também determina esforços para que “o regime de Nicolás Maduro autorize a abertura de canal de ajuda humanitária que possa atenuar a grave escassez de remédios e alimentos”.

O presidente brasileiro garantiu em sua visita ao Chile que a intervenção armada não é uma possibilidade, contrariando uma entrevista concedida pelo filho Eduardo Bolsonaro na sexta-feira 22. O deputado federal, que acompanha o pai na viagem diplomática, disse ao jornal chileno La Tercera, que vai ser necessário o “uso da força na Venezuela”. Depois recuou.

OCDE

O Chile se compromete também a apoiar a entrada do Brasil na Organização para Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE). Os presidentes concordam que “o Brasil e o Chile convergem em grande parte das questões debatidas na Organização e que a entrada do Brasil teria impacto positivo na condução das discussões realizadas”.

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Em contrapartida, o Brasil firma na declaração que vai ajudar o Chile na campanha para organizar o COP-25, conferência sobre mudança climática. Ambos os países manterão diálogo sobre seus pontos de vista a respeito do tema.

Parte do acordo assinado com Piñera prevê também a retomada do projeto de um corredor viário que ligará o centro-oeste brasileiro aos portos do norte do Chile. “O Chile é nosso segundo principal parceiro comercial na América do Sul e somos o principal parceiro deles”, disse Bolsonaro, que afirmou já sentir saudades do país vizinho e comemorou a popularidade que experimentou num passeio a um shopping center de Santiago.

De acordo com a agenda presidencial, Jair Bolsonaro deve retornar ainda neste sábado para Brasília.

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