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Bolsonaro supera Geisel, Médici e Figueiredo em ministros militares

Governos durante ditadura militar tinham sete representantes das Forças Armadas nos ministérios, um a menos que a composição atual

Por Giovanna Romano Atualizado em 18 fev 2019, 20h20 - Publicado em 18 fev 2019, 19h10
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  • Com a nomeação do general da reserva Floriano Peixoto para assumir a Secretaria-Geral da Presidência, cargo ocupado pelo ex-ministro Gustavo Bebianno, exonerado nesta segunda-feira, 18, Jair Bolsonaro (PSL) reforça a presença de militares no time ministerial e ultrapassa João Figueiredo, Ernesto Geisel e Emílio Garrastazu Médici, presidentes durante a ditadura (de 1964 a 1985), com oito militares no governo.

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    Figueiredo, Geisel e Médici tinham na composição de seus ministérios sete nomes das Forças Armadas. O número atingido hoje por Bolsonaro empata com o do governo Costa e Silva, mas ainda está atrás de Castelo Branco, com doze nomeações de militares na composição dos ministérios.

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    Os militares que estão no governo atual, além de Floriano Peixoto, são: tenente-coronel Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia), general Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), general Fernando Azevedo e Silva (Defesa), general Carlos Alberto dos Santos Cruz (Secretaria de Governo), almirante Bento Costa Lima (Minas e Energia), capitão da reserva Wagner Rosário (Controladoria-Geral da União) e capitão da reserva Tarcísio Freitas (Infraestrutura).

    O chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, será o único civil entre os quatros ministros que despacham no Palácio do Planalto. Bebianno, que antes despachava ao lado de Bolsonaro, foi exonerado por causa da crise atual do governo, que envolve supostas candidaturas laranjas do PSL, partido do presidente.

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    A crise em torno do agora ex-ministro ganhou corpo na última quarta-feira, 13. Naquele dia, o vereador carioca Carlos Bolsonaro, filho do presidente, escreveu no Twitter que Gustavo Bebianno mentiu ao dizer ao jornal O Globo que vinha conversando normalmente com Jair Bolsonaro, apesar das denúncias publicadas pela Folha de S.Paulo de que o PSL empregou volumes expressivos do fundo partidário – dinheiro público – em candidaturas “laranjas” de mulheres em 2018. Bebianno presidiu o partido durante a campanha eleitoral.

    Para corroborar sua acusação ao ministro, Carlos incluiu em sua postagem um áudio em que Bolsonaro se nega a falar com Bebianno. “Ô, Gustavo, tá complicado eu conversar ainda, então não vou falar, não vou falar com ninguém, a não ser estritamente o essencial. Tô em fase final aqui de exames para possível baixa hoje, tá ok? Boa sorte aí”, disse o presidente na gravação.

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    Jair Bolsonaro acabou compartilhando a publicação do filho e, em entrevista à RecordTV, veiculada no mesmo dia, afirmou que, caso fosse comprovado o envolvimento de Gustavo Bebianno nos repasses às candidaturas suspeitas, o destino do ministro seria “voltar às suas origens”.

    Perfil do novo ministro

    Antes de Bebianno ser exonerado, o general Floriano Peixoto era o “número 2” da Secretaria-Geral da Presidência, e ocupava o cargo de secretário executivo.

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    O general é formado pela Academia Militar das Agulhas Negras, com mestrado em ciências militares e doutorado em política, estratégia e alta administração pelo Command and General Staff College.

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    O novo ministro da Secretaria-Geral foi instrutor em escolar militares e chefe de operações do primeiro contingente brasileiro no Haiti – Força de Manutenção da Paz, em 2004, e comandante da Força da Minustah, entre 2009 e 2010.

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