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Bolsonaro diz que dará asilo a médicos cubanos que pedirem

Presidente eleito negou, contudo, que convidará a permanecerem no Brasil os profissionais chamados de volta após fim da participação de Cuba no Mais Médicos

Por João Pedroso de Campos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 14 nov 2018, 19h14 - Publicado em 14 nov 2018, 18h22

O presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL) afirmou nesta quarta-feira, 14, que não vai convidar a permanecerem no Brasil os médicos cubanos chamados de volta por Cuba após o país caribenho decidir não cooperar mais com o programa Mais Médicos. Bolsonaro, no entanto, disse que concederia asilo aos profissionais que o pedirem a partir de janeiro, quando ele toma posse.

“Não vou convidá-los não, jamais faria um acordo com Cuba nesses termos, isso é trabalho escravo, não é nem análogo à escravidão, não poderia compactuar com isso aí”, declarou o pesselista a jornalistas após o anúncio do diplomata Ernesto Araújo como ministro das Relações Exteriores.

Indagado sobre se concederia asilo aos que pedirem, contudo, Bolsonaro disse que sim. “Se eu for presidente e o cubano quiser pedir asilo aqui, vai ter”, afirmou. “Temos que dar o asilo às pessoas que queiram, não podemos continuar ameaçando como foram ameaçados pelo governo passado”, completou.

O presidente eleito citou o caso da médica cubana Ramona Rodríguez, que em 2014 deixou a cidade de Pacajás (PA), onde atendia como credenciada no Mais Médicos, rumo a Brasília. Ela foi abrigada no gabinete do DEM na Câmara e pediu refúgio ao Brasil. Na época, o então ministro da Justiça do governo Dilma Rousseff, José Eduardo Cardozo, afirmou que médicos que se desligassem do programa perdem o visto para permanecer no país.

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“O governo do PT anunciou que, caso alguém pedisse asilo aqui, seria deportado, não podemos admitir isso aí”, afirmou Jair Bolsonaro, que disse não saber se há cláusulas no acordo com Cuba que imponham sanções em caso de quebra.

Bolsonaro também voltou a criticar o que considera “desumanidades” no Mais Médicos, como a manutenção de familiares dos médicos em Cuba e o envio de parte dos salários ao país caribenho.

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Sem a necessidade de passarem pela validação de diplomas no país, conforme decidiu em 2017 o Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente eleito também afirma que “não há comprovação” de que sejam, de fato, médicos, e questionou a aptidão dos cubanos.

“Se esses médicos fossem bons profissionais, estariam ocupando o quadro de médicos que atendiam o governo Dilma no passado, e não é dessa forma. Vocês mesmos, eu duvido quem queira ser atendido pelos cubanos, porque não temos qualquer comprovação de que eles são médicos. Se fizer o Revalida, salário integral e poder trazer a família, eu topo continuar com o programa”, declarou.

Diante da resposta, Jair Bolsonaro foi questionado sobre se o programa seria encerrado.  “O programa não está suspenso, [médicos] de outros países podem vir para cá e a partir de janeiro nós pretendemos dar uma satisfação às populações que estão desassistidas”, disse.

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