O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) participou, na manhã desta terça-feira, 6, de uma sessão solene do Congresso Nacional em homenagem aos trinta anos da Constituição de 1988. Em um breve discurso, ele pregou a união dos poderes e prometeu adotar a Constituição como “único norte” na condução do Executivo pelos próximos quatro anos.
“Na topografia existem três nortes: o da quadrícula, o verdadeiro e o magnético. Mas na democracia, só um norte, que é o da nossa Constituição”, disse Bolsonaro. “A união de nós, que no momento estamos ocupando cargos-chave na República, pode sim mudar o destino dessa grande nação”, completou.
Além de Bolsonaro, falaram durante o encontro o presidente Michel Temer (MDB), os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, e a procuradora-geral da República, Raquel Dodge.
Cotado para se reeleger para o comando da Câmara, Maia acenou ao presidente eleito, dizendo que Constituições “mudam para permanecer” e que a brasileira precisa, entre outras coisas, de emendas em relação ao sistema previdenciário e às políticas de segurança pública, pautas defendidas por Bolsonaro.
Esse foi o primeiro compromisso da agenda do presidente eleito, ainda deputado federal, em sua ida a Brasília. É também a primeira viagem de Bolsonaro após a vitória nas urnas no dia 28 de outubro. Nesta quarta-feira, 7, ele terá uma reunião com Temer tendo em pauta a possibilidade de aprovar alguma parte da reforma da Previdência ainda em 2018.
Magno Malta
Na chegada para um almoço com o ministro da Defesa, o general Joaquim Silva e Luna, Bolsonaro falou sobre a situação do senador Magno Malta (PR-ES), cotado para assumir uma pasta em seu governo. O presidente eleito afirmou que não faria nenhum tipo de anúncio porque só falará quando não houver possibilidade de mudanças, mas lembrou que Malta foi sua primeira opção para ser candidato a vice-presidente e que “não pode prescindir” de ter o político em seu governo.
A expectativa inicial era que o senador fosse uma liderança do governo Bolsonaro no Legislativo, mas Magno Malta não se reelegeu, terminando em terceiro lugar, atrás dos senadores eleitos Fabiano Contarato (Rede) e Marcos do Val (PPS).