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Bolsonaro cobra apuração de facada: ‘Caso é mais fácil que o da Marielle’

Em entrevista a canal de Youtube, presidente diz que mandante de Adélio não é identificado porque "não se dá atenção" a investigações

Por Da Redação Atualizado em 3 set 2019, 00h50 - Publicado em 3 set 2019, 00h49
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  • Na semana em que a facada sofrida durante a campanha presidencial completa um ano, o presidente Jair Bolsonaro cobrou os investigadores do caso pela identificação de um mandante de Adélio Bispo, autor do atentado. Em entrevista ao canal de Youtube da atriz Antônia Fontenelle, nesta segunda-feira 2, o presidente disse que espera “há muito tempo” que a Polícia Federal solucione o caso.

    “Há muito tempo espero que a PF chegue no final da linha. Entre o meu caso e o da Marielle Franco, que a imprensa tanto reverbera, o meu é muito mais fácil ou menos difícil de se desvendar, mas não se dá a atenção para o meu caso”, declarou Bolsonaro, que voltou a culpar a Ordem dos Advogados de Brasil (OAB) de interferência nas investigações, o que já foi negado pela entidade.

    “Imediatamente apareceram quatro advogados para defender esse marginal chamado Adélio. Um deles a Polícia Federal tem a certeza que tem o nome do mandante do crime. O que a OAB fez? Entrou com um mandado de segurança para que a PF não entre no telefone desse advogado. O advogado tem que ter imunidade? Sim, mas advogado honesto… advogado bandido, não”, disse.

    Bolsonaro disse não querer interferir na apuração do caso para não ser acusado de “produzir um mandante”. Ainda sobre a facada, minimizou a influência da situação para sua vitória eleitoral: “aquela facada não me elegeu, na facada eu já estava eleito. Eles tentaram dar um fim a uma candidatura, daí teria o Haddad, o Ciro ou o Alckmin como presidente. Tirem suas conclusões como estaria o Brasil”.

    Questionado sobre a escolha do próximo procurador-geral da República, Bolsonaro voltou a dizer que não é obrigado a seguir a lista tríplice e afirmou que está “entre três nomes”. O presidente admitiu dificuldade na escolha, que deve ser feita nos próximos dias.

    “Não posso indicar um PGR que não seja alinhado com o destino do Brasil. Por exemplo, se for um ‘xiita’ na parte ambiental, pode travar o ministro da Infraestrutura de fazer uma ferrovia, rasgar uma estrada, duplicar outra… vai ter dificuldade seríssima. O homem do campo também vai ter problemas. A questão de minorias também, cada vez mais se quer mais terras para eles no Brasil”, avaliou, explicando as dificuldades para definir um nome.

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