Bate-boca generalizado interrompe sessão na Câmara
Análise de medida provisória que restringe acesso ao seguro-desemprego resultou até em acusação de agressão

O nível de tensão continua elevado na Câmara dos Deputados durante a votação da medida provisória 665/2015, que restringe o acesso ao seguro-desemprego e ao abono salarial. Em vários momentos, parlamentares bateram boca. No mais tenso deles, a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) anunciou que vai levar Roberto Freire (PPS-SP) ao Conselho de Ética. Motivo: ele segurou o braço dela durante uma discussão.
A briga teve início quando Orlando Silva (PCdoB-SP) pediu que a Câmara consultasse as imagens do circuito interno de TV para tomar ações judiciais contra os manifestantes que atiraram “notas de dólar” com o rosto da presidente Dilma Rousseff, do ex-presidente Lula e do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto.
Em seguida, o deputado Roberto Freire (PPS-SP) criticou a postura de Silva, que se omitiu quando sindicalistas ligados à CUT agrediram o deputado Lincoln Portela (PR-MG) em um protesto contra a lei da terceirização.
Os dois, separados por um curto espaço, passaram a discutir asperamente. Roberto Freire tocou as costas do parlamentar do PCdoB por duas vezes. Orlando Silva reagiu: “Não toque em mim!”. Jandira Feghali (PCdoB-RJ) se aproximou e Freire segurou o braço dela durante a discussão. A deputada comunista considerou o ato uma agressão e disse que vai levar o caso ao Conselho de Ética.
No meio da discussão, o deputado Alberto Fraga (DEM-DF) defendeu Freire: “Mulher que vem para a política e bate como homem tem que saber apanhar como homem”. Diante de reações exaltadas, o parlamentar ainda desafiou: “Não tenho medo desse tipo de atitude. E aqueles que são mais valentes, me procurem logo após”.
Roberto Freire minimizou o episódio e contou sua versão da história: “A deputada Jandira entrou (na discussão) e eu a tirei. Pode até ter sido um pouco com força”, admitiu ele. Freire não vê do que se retratar, mas ainda assim pediu desculpas e disse que não agiu com a intenção de agredir.
O presidente da Câmara interrompeu a sessão por cinco minutos por causa da confusão. Foi a segunda vez que a votação foi interrompida. A presidência da Casa já havia suspendido os trabalhos para que a segurança esvaziasse as galerias depois da “chuva de dólares”.
https://www.youtube.com/watch?v=Q7nCvbNUDjE
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