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Avião da PF que buscou João Santana quase colidiu com aeronave da FAB

Segundo informações preliminares, a aeronave descumpriu a trajetória prevista para buscar o marqueteiro do PT em Guarulhos (SP), antes de ele se entregar à Polícia Federal

Por Da Redação 24 fev 2016, 09h14

Eram sete e meia da manhã desta terça-feira quando a aeronave de matrícula PR-BSI quase se chocou com um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) no aeroporto de Brasília. O modelo B 300 da Beech Aircraft está registrado em nome da Polícia Federal e, segundo informações preliminares da FAB, descumpriu a trajetória prevista, ignorou as orientações do controlador de voo e, ao decolar, fez uma curva para o lado oposto ao estabelecido na carta de voo. O avião tinha pressa: se preparava para viajar até Guarulhos (SP), onde o marqueteiro de campanhas petistas João Santana se entregou às autoridades às 9h30. O publicitário e consultor da presidente Dilma Rousseff estava na República Dominicana, onde trabalhava na campanha à reeleição do presidente Danilo Medina, quando recebeu uma ordem de prisão.

Apesar do incidente, o avião seguiu normamente para o Aeroporto Internacional de Guarulhos, onde pegou João Santana e o levou ao Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, na Grande Curitiba. De lá, ele foi mandado para a Superintedência da PF na capital paranaense, onde é conduzida a Operação Lava Jato.

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Santana teve a prisão decretada por ordem do juiz Sergio Moro após investigadores da Operação Lava Jato terem encontrado indícios de que ele recebeu pelo menos 7,5 milhões de dólares em contas secretas no exterior. O dinheiro, que integra o propinoduto instalado na Petrobras, foi repassado em parte pelo operador de propinas Zwi Skornicki, também detido, e por empresas offshore ligadas à construtora Odebrecht.

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A Força Aérea Brasileira ainda não sabe precisar a distância em que as duas aeronaves ficaram e nos próximos dias deve ouvir os pilotos e o controlador sobre o incidente. No aeroporto de Brasília, desde novembro de 2015 é possível operar com decolagem simultânea em pistas paralelas. Segundo a Aeronáutica, “o perfil executado pelo piloto [do avião da Polícia Federal] contrariou a instrução recebida e a aeronave teve um deslocamento à esquerda, interferindo na decolagem da aeronave FAB 2582, que cumpria corretamente o seu perfil de decolagem”. “A distância entre as aeronaves e as demais circunstâncias presentes estão sendo apuradas em um processo de investigação. Caso se confirmem indícios de desobediência às normas aeronáuticas, o processo será encaminhado à Junta de Julgamento da Aeronáutica, que poderá aplicar sanções administrativas”, informa a FAB.

Ao perceber o erro no trajeto do avião da Polícia Federal, o controlador repreende os pilotos da aeronave que buscaria João Santana em São Paulo. “Bravo-Serra e Índia (PR-BSI), a sua decolagem deveria ter iniciado a curva à direita, 4,1 mil pés”, diz. O erro foi confirmado pelo piloto da FAB: “A aeronave iniciou curva à direita, a saída nossa ficou conflitante com esse tráfego, ok? Não tem mais como fazer essa saída aqui com essa aeronave decolando”.

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