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Arthur do Val defende ‘tirar o estado dos ombros’ da iniciativa privada

Candidato a prefeito de São Paulo pelo Patriota prega em sabatina do VEJA E VOTE a reabertura total da economia e das escolas e plano diretor 'mais liberal'

Por Da Redação Atualizado em 21 out 2020, 14h41 - Publicado em 21 out 2020, 12h16

O candidato a prefeito de São Paulo Arthur do Val (Patriota) defendeu nesta quarta-feira, 21, durante sabatina do projeto VEJA E VOTE, a reabertura total e imediata de todos as atividades da cidade como forma de superar a deterioração econômica provada pela pandemia da Covid-19.

“Eu acredito na reabertura total, imediata, urgentemente de todos os setores econômicos”, disse ao ser questionado sobre o que faria para ajudar na reativação dos grandes eventos, uma das atividades mais importantes da economia paulistana.

“Existe uma dificuldade até de marketing, porque as pessoas estão de fato com um pouco de medo, de sair, de ir para grandes eventos, mas existe também essa demanda reprimida. Eu acredito que o setor de eventos é muito capaz de se recuperar rapidamente se for deixado livre”.

Segundo ele, “os políticos adoram dar pitaco no negócio dos outros” e ficar impondo “regrinhas” para a reabertura de atividades empresariais. “O problema (no futuro) é que o governo continue colocando seus tentáculos para cima dos empreendedores”, disse.

Ainda sobre como a prefeitura pode ajudar na recuperação econômica após a pandemia, ele também citou a desburocratização para a instalação e desenvolvimento de negócios na cidade e dfeendeu mudanças no Plano Diretor, que, por lei, será rediscutido em 2021, para favorecer o empreendedorismo e a geração de renda e emprego.

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“É preciso um Plano Diretor mais liberal, que permita a exploração do potencial construtivo dos terrenos, fazendo com que toda a atividade imobiliária volte ao normal”, disse, citando um dos gargalos impostos à expansão dos negócios, que seriam as regras atuais de ocupação do solo. “Eu, como liberal, acredito em tirar o peso do estado dos ombros do cidadão e fazer com que a iniciativa privada seja livre para trabalhar e ganhar dinheiro”, completou.

Ele também defendeu – embora tenha feito a ressalva de que não quer ser “engenheiro de obra pronta” – que as escolas da prefeitura estivessem funcionando. “Eu sou da opinião de que as escolas deveriam estar reabertas agora. No ano que vem, poderemos aplicar o Escola 360, ou seja, escolas abertas 360 dias por ano, nas férias, oferecendo merenda e almoço”, afirmou. “ Criança vai gastar energia dentro da escola, não em pancadão e baile funk”, acrescentou. Ele disse ainda que pretende implantar programas extracurriculares, como o Jovem Capitalista. “Jovem da periferia vai aprender a ganhar dinheiro”.

Mobilidade

Arthur do Val também citou as mudanças no Plano Diretor como um instrumento fundamental para melhorar os deslocamentos pela cidade. “Qualquer tipo de discussão em relação a trânsito sem falar de Plano Diretor é uma discussão rasa, sem sentido”, afirmou. Segundo ele, é preciso fazer com que as pessoas morem mais perto dos seus empregos, que estão no centro expandido. “Bairros da região central, como Cambuci, Ipiranga e Vila Marina, perderão população nos últimos 20 anos. A demanda habitacional está indo cada vez mais para a periferia”, disse.

Para ele, outra medida necessária para melhorar o fluxo de pessoas e veículos pela cidade é “bater de frente” com o que chamou de “máfia do transporte”, que arrecadaria, de acordo com ele, mais do que a própria prefeitura arrecada com impostos. “São cinco ou seis famílias que dominam as linhas de ônibus há décadas”, afirmou.

Saúde

Sobre as filas na saúde  – São Paulo tem 1,3 milhão de pessoas aguardando consultas, exames ou cirurgias -, ele disse que o problema é de gestão e que a cidade tem infraestrutura suficiente para atender a população.

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“Nós temos UBS (unidades básicas de saúde) e AMAs (ambulatórios médicos) construídas. Nós temos infraestrutura, o problema é de gestão”, afirmou, citando como um dos instrumentos necessários a criação de um prontuário eletrônico, que seria usado tanto para gerenciar a questão da realização dos exames quanto para direcionar pacientes para outros níveis da rede pública de saúde, como o estadual.

Experiência política

Questionado sobre o fato de ser jovem – tem 34 anos -, pouca experiência política – está na metade do seu primeiro mandato como deputado estadual – e ser de um partido pequeno (Patriota), Arthur do Val disse que acredita ser exatamente esse o seu trunfo na disputa eleitoral. “Minha experiência não vem da política, ela vem da iniciativa privada, ela vem da vida real. Eu acredito que pessoas como eu, que trabalham de verdade, na vida real, saibam muito mais da cidade do que alguém que vem de uma bolha política”, disse. Ele se apresenta como empresário do ramo de sucata, mas fez a sua fama como youtuber, com o apelido de “Mamãe Falei”, que também usa na campanha.

Ele reafirmou críticas recentes que fez a movimentos sociais como o MST (sem-terra) e o MTST (sem-teto), criticou o comunismo – uma pregação comum desde os tempos de início da carreira como youtuber – e o padre Júlio Lancelotti, que trabalha com moradores de rua e usuários de droga na região central da cidade e com quem ele se envolveu em uma polêmica recente.

Ele também falou sobre o fato de ele e o MBL (Movimento Brasil Livre), ao qual é ligado, terem apoiado Jair Bolsonaro no segundo turno da eleição presidencial e depois ter rompido. “A nossa opção foi bem pragmática. Ou era Bolsonaro ou era o PT. Eu prefiro qualquer coisa que não seja o PT. Mas Bolsonaro não apresentou aquilo que a gente acreditava em termos de agenda pública”, afirmou.

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