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Apoio a Temer faz autor do impeachment de Dilma deixar o PSDB

A jornal, Miguel Reale Júnior criticou posição de ficar 'no muro' e defendeu que partido não pode 'ser fraco' diante de 'afronta à ética'

Por Da Redação
Atualizado em 4 jun 2024, 21h32 - Publicado em 13 jun 2017, 10h54
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  • A decisão do PSDB de permanecer na base aliada do presidente Michel Temer (PMDB) provocou a primeira baixa no partido: Miguel Reale Júnior, advogado e um dos autores do pedido de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), decidiu deixar o partido. Ao jornal O Estado de S.Paulo. Reale afirmou que desistiu do partido “diante de tantas vacilações e fragilidades onde não se pode ser fraco, que é diante da afronta à ética”.

    Em reunião nesta segunda-feira, a legenda optou por continuar apoiando Temer ao menos durante a tramitação das reformas trabalhista e da Previdência no Congresso Nacional. No governo, o PSDB tem quatro ministros, que permanecerão após a decisão: Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo), Aloysio Nunes (Relações Exteriores). Bruno Araújo (Cidades) e Luislinda Valois (Direitos Humanos).

    Ministro da Justiça no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), Reale Júnior ironizou a postura do partido, que tem feito reuniões periódicas para discutir o desembarque do governo, mas, no entanto, resultando em sucessivas permanências “Espero que o partido encontre um muro suficientemente grande que possa servir de túmulo”, afirmou o advogado.

    Apesar da postura adotada, o PSDB também decidiu que vai recorrer da decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que absolveu a chapa formada por Dilma Rousseff e Michel Temer em 2014, da acusação de abuso de poder político e econômico formulada pela legenda naquele ano. Em entrevista coletiva após o encontro, o presidente interino da legenda, o senador Tasso Jereissati (CE), admitiu se tratar de uma “incoerência” a contestação da inocência de um presidente da República apoiado pelo partido, mas pontuou que é uma incoerência que a “história” impôs.

    Outra signatária do documento que resultou na saída da petista do cargo, Janaína Paschoal também criticou a decisão do PSDB. Apesar de não ser filiada à legenda, a advogada endereçou uma mensagem, em uma rede social, ao governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e ao prefeito da capital paulista, João Doria, ambos integrantes do partido. Segundo ela, “a grande reforma que este país carece é a de que todos devem cumprir as leis”.

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