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Antes de debate, candidatos ressaltam manifestações contra Bolsonaro

Postulante do PSL está ausente de encontro na TV Record neste domingo, 30; protestos a favor do capitão da reserva não foram mencionados

Por Guilherme Venaglia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 30 set 2018, 23h04 - Publicado em 30 set 2018, 22h56
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  • Antes do início do debate entre os candidatos à Presidência da República na TV Record, adversários citaram as manifestações que ocorreram neste sábado 29 contra Jair Bolsonaro (PSL) e buscaram ressaltar o papel das mulheres nos protestos – são elas as que mais rejeitam Bolsonaro e as mais indecisas, segundo as últimas pesquisas.

    “Foram manifestações gigantescas, maravilhosas e que devem ser respeitadas. As mulheres deram uma aula de democracia”, afirmou o candidato do Podemos, Alvaro Dias, um dos sete que trataram do tema em suas falas a jornalistas na entrada do encontro deste domingo – exceção a Ciro Gomes (PDT), que não concedeu entrevista.

    Para Guilherme Boulos, do PSOL, a rejeição do eleitorado feminino condena a candidatura de Bolsonaro a perder no segundo turno, contra quem quer que avance. Questionado se o PSOL apoiará Fernando Haddad (PT) caso se confirme o avanço do ex-prefeito ao segundo turno contra o presidenciável do PSL, afirmou que estará “contra o retrocesso”, mas que “ainda é cedo” para essa discussão.

    Henrique Meirelles (MDB) também associou Bolsonaro ao “retrocesso” e afirmou que as manifestações deste sábado se deveram ao fato do capitão da reserva “ser a favor  de que mulher ganhe menos do que homem”. Marina Silva (Rede) afirmou que o protesto combate o “projeto autoritário” do candidato do PSL, defendendo grupos que sofrem com o preconceito representado por ele, mas que também é preciso lutar contra o autoritarismo “representado pela corrupção”, em referência ao PT.

    Geraldo Alckmin (PSDB) também elogiou os atos, que, fez questão de dizer, foram “apartidários” e não em apoio a nenhuma candidatura. Ele também argumentou que sua candidata a vice-presidente, Ana Amélia (PP), não participou por motivos de agenda – ela foi a única mulher em chapa presidencial a não comparecer.

    Fernando Haddad (PT) elogiou o movimento e afirmou que seguirá evitando fazer críticas aos adversários. Cabo Daciolo (Patriota) disse que, para toda e qualquer manifestação democrática, a sua resposta será “amém e glória a Deus”.

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