O presidente do Instituto Teotônio Vilela, José Aníbal, e o ex-governador de São Paulo e vice-presidente nacional do PSDB, Alberto Goldman, protocolaram nesta terça-feira uma ação no Ministério Público Estadual (MPE) para anular as prévias realizadas na capital para a escolha do candidato que irá representar o partido nas eleições à Prefeitura de São Paulo.
Goldman lamentou a desfiliação de Andrea Matarazzo e apontou várias irregularidades na escolha do empresário João Doria Jr., aliado do governador Geraldo Alckmin, candidato único no segundo turno das prévias. “Estamos pedindo essa ação pelas irregularidades cometidas no processo, como por exemplo abuso de poder econômico por parte do João Doria e falta de quórum na votação em segundo turno”, afirmou o ex-governador.
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Depois de uma disputa acirrada no primeiro turno das prévias, Doria foi candidato único no segundo porque o vereador Andrea Matarazzo, além de desistir da corrida, deixou o partido, alegando irregularidades no processo eleitoral.
Goldman lamentou a saída de Matarazzo do PSDB e fez críticas veladas a Geraldo Alckmin. “Foi um episódio muito triste. Matarazzo foi massacrado pelo poderio financeiro e pela pressão da máquina pública. Não podemos criticar os adversários por condutas reprováveis e incorrer nos mesmos erros. Como cidadão, só voto em um candidato cujo processo de escolha tenha sido limpo, o que, infelizmente, não ocorreu neste caso.”
O empresário João Doria Jr. foi definido como pré-candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo no segundo turno das prévias da sigla, realizado no último dia 20, mas sua candidatura ainda terá de ser homologada na convenção do partido em julho. Goldman disse esperar que o MPE cancele essa prévia e o partido realize novas eleições internas para escolher o candidato que disputará a maior prefeitura do País.
Decisão interna – O vice-presidente do diretório do PSDB em São Paulo, Evandro Losacco, nega as acusações de irregularidade nas prévias e afirma que o diretório estadual do partido irá realizar uma deliberação interna para discutir a ação de Aníbal e Goldman na próxima terça-feira, dia 5. “Não houve irregularidade nas prévias. O que ocorreu foi uma disputa normal dentro do partido, tudo acordado entre os candidatos. A ação me parece uma tentativa política de desgatar um candidato escolhido pela maioria”, disse Losacco.
(Com Estadão Conteúdo)