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André Marinho: “Bolsonaro é um valentão de parquinho”

Em seu livro 'O Brasil (Não) É uma Piada', humorista relembra a eleição de 2018 e a convivência com a família presidencial, que diz ter virado clã decadente

Por Victoria Bechara Atualizado em 21 out 2022, 10h27 - Publicado em 3 set 2022, 08h00
FUTURO - Marinho: planos para a TV e o streaming e distância da carreira política -
FUTURO - Marinho: planos para a TV e o streaming e distância da carreira política – (@abmarinho/Instagram)

A casa de seu pai, o empresário Paulo Marinho, foi no Rio o QG da campanha de Bolsonaro em 2018. Por que só agora resolveu escrever um livro sobre essas memórias? Eu colecionei histórias que se confundem com um pedaço muito vivo da democracia do país. A perspectiva privilegiada me deu conhecimento para compartilhar essas experiências com o público. Fiz um trabalho para não me levar tão a sério, apesar de elas tratarem de temas que exigem a maior seriedade.

Você fala bastante sobre Gustavo Bebianno, coordenador da campanha de 2018, que morreu há dois anos, depois de ter rompido com o presidente. Ele tinha muita coisa a dizer? Certamente teria muito que contribuir para revelar o verdadeiro Bolsonaro, de quem era uma espécie de psicólogo na campanha. Vi o presidente apontá-­lo e dizer: “Se não fosse por esse cara aí, jamais teria chegado aonde cheguei”. Mas o Bebianno foi escorraçado do governo. Eu vi ele se deteriorando emocionalmente, a paz dele foi roubada pelo ciúme ensandecido do Carlos Bolsonaro e sua macumba psicológica no pai, que, no fundo, é um tigre de papel, um valentão de parquinho. Quando questionado, bota a viola no saco, até porque a gente sabe o que ele fez no verão passado.

Como era a relação com os filhos do presidente? O Flávio frequentou mais a nossa casa porque meu pai estava na chapa dele ao Senado. Parecia ser o mais sóbrio dos três. Ele e o Carlos se bicavam na campanha. O Carlos era uma pessoa absolutamente paranoica. Na primeira live, eles brigaram, foi uma trocação bem pública de xingamentos. É um clã decadente que expôs a sua podridão moral nos últimos anos, mas também conseguiu enfeitiçar uma parcela expressiva do eleitorado e mantê-­la refém dessa espiral de desinformação desenfreada.

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Voltou a falar com Bolsonaro depois que ele abandonou a entrevista na Jovem Pan em outubro de 2021 por causa de uma pergunta sua sobre rachadinha? Não. Aquele foi um fim quase poético para a minha passagem pela Jovem Pan depois de ela ter se tornado a emissora oficial do governo. Mas nunca houve expectativa minha ou do meu pai para qualquer coisa além do que rolou durante a eleição.

Pretende disputar um cargo público? Estou em conversas bem promissoras com o streaming e a TV para participar de um programa em 2023. Tenho lenha para queimar no entretenimento ainda.

Publicado em VEJA de 7 de setembro de 2022, edição nº 2805

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