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Amorim diz que redes de defesa cibernética são vulneráveis

Convocado para falar em comissão do Senado, ministro diz que país ainda está na "infância" do desenvolvimento de tecnologias eficientes na área

Por Gabriel Castro, de Brasília
10 jul 2013, 16h47

O ministro da Defesa, Celso Amorim, reconheceu nesta quarta-feira que o sistema de defesa cibernética brasileiro é vulnerável a ataques e disse que o país ainda está na “infância” do desenvolvimento de tecnologias que possam impedir episódios como o monitoramento de e-mails e telefonemas por parte do governo americano, revelado no final de semana pelo jornal O Globo. Amorim participou de uma audiência pública sobre o caso na Comissão de Relações Exteriores do Senado, ao lado dos titulares das Relações Exteriores, Antonio Patriota, e do Gabinete de Segurança Institucional, José Elito Siqueira.

“Não estamos ainda nem na adolescência, estamos na infância em relação a muitos desses temas. E as vulnerabilidades existem e são muitas”, afirmou Amorim. O ministro disse que o Orçamento de 2013 prevê pouco menos de 100 milhões de reais para o desenvolvimento de mecanismos que impeçam ataques cibernéticos. “O que precisa ser feito é muito mais do que nos estamos fazendo ainda. Isso envolve recursos”, disse.

O ministro lembrou ainda que o desenvolvimento de tecnologias próprias é essencial para o fortalecimento das defesas brasileiras contra ataques cibernéticos. “Não basta nós termos uma disposição de fazer a defesa das nossas estruturas, é necessário que tenhamos equipamentos e softwares produzidos no Brasil com a segurança adequada”, disse Amorim.

O general José Elito afirmou que o sistema funciona de forma “razoável”, mas também disse que os investimentos estão aquém do necessário. Ele disse ainda que as revelações feitas por Edward Snowden, ex-agente americano, não foram recebidas com total surpresa: “Isto não é desconhecido, é um dos cenários prioritários de acompanhamento de todo o sistema. O novo é que a notícia foi uma informação divulgada por um agente do próprio sistema americano”, disse o ministro.

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Já o chanceler Antonio Patriota afirmou que o governo vai buscar soluções para o caso em organismos internacionais. “Estão em jogo a soberania do Brasil e o respeito à nossa legislação dentro do nosso território.”

Embaixada – Após a audiência pública, que durou cerca de quatro horas, o ministro Patriota disse que o governo brasileiro não considera suficiente a resposta apresentada pelo embaixador americano no Brasil, Thomas Shannon: para o chanceler, os esclarecimentos “não foram satisfatórios até agora”.

Patriota também não descartou que Edward Sonnen seja ouvido pelo governo brasileiro. “Isso é uma decisão que vai ser feita pela Justiça como e quando são ouvidos os diferentes atores que podem proporcionar elementos importantes desta questão”, disse ele.

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Os três ministros se reuniram na manhã desta quarta-feira com a presidente Dilma Rousseff e os responsáveis pelas pastas da Justiça, José Eduardo Cardozo, e das Comunicações, Paulo Bernardo. O encontro terminou sem o anúncio de medidas concretas.

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