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Alvo da PF no Rio, Otoni de Paula chama ministro do STF de ‘autoritário’

Deputado federal afirmou que 'não vai recuar um milímetro'; agentes levaram celular e laptop do parlamentar em ação que investiga atos antidemocráticos

Por Cássio Bruno 20 ago 2021, 15h33

Alvo da Polícia Federal na manhã desta sexta-feira, 20, no Rio de Janeiro, o deputado federal bolsonarista Otoni de Paula (PSC-RJ) atacou, em uma rede social, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, que expediu um mandado de busca e apreensão contra ele. O parlamentar teve um celular e um laptop levados pelos agentes da PF de sua residência. A ação, que mirou também o cantor sertanejo Sérgio Reis, investiga a incitação a atos violentos e ameaçadores contra a democracia. Segundo Otoni, o magistrado é “tirano” e tem “comportamento ditatorial”.

“O ministro é um déspota, que é aquela pessoa com comportamento ditatorial, autoritário”, afirmou o deputado em um vídeo publicado no Facebook. Otoni disse ainda que a decisão de Moraes “não muda nada na sua vida”. E ressaltou: “Que vergonha, ministro, que postura antidemocrática que vossa excelência tem tido”.

O parlamentar declarou que não vai recuar: “Não vou recuar um milímetro. Dentro do que a democracia me permite, dentro do que a Constituição me permite, este deputado aqui, este cidadão brasileiro, investido de autoridade parlamentar, não recuará um milímetro. Se alguém acha que eu vou deixar de falar o que penso e ter a mesma postura, não vou deixar de ter”.

Otoni de Paula relatou que policiais federais levaram aparelhos eletrônicos. “Estou com roupa de dormir e cara amarrotada, despenteado. Estou assim porque a Polícia Federal acabou de sair da minha casa”, revelou o deputado. “Não acharam dinheiro, joias, porque eu não tenho”. Pastor da Assembleia de Deus e ex-vereador, Otoni já havia sido condenado, na primeira instância da Justiça de São Paulo, a pagar 70 000 reais por danos morais ao ministro Alexandre de Moraes após ofender o magistrado.

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No Rio, seu reduto eleitoral, Otoni coleciona polêmicas, entre elas a que ficou conhecida como “dancinha homofóbica”. Em julho de 2018, na Câmara Municipal de Vereadores da capital, ele debochou do então vereador David Miranda (PSOL), homossexual assumido. À época, Miranda era a favor do impeachment do ex-prefeito Marcello Crivella (Republicanos). Otoni também foi o único a votar contra o projeto de lei para dar o nome da vereadora assassinada Marielle Franco à tribuna da Casa.

Para as eleições de 2022, Otoni de Paula tenta viabilizar uma possível candidatura ao Senado, com apoio do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). No ano passado, Otoni quis concorrer à Prefeitura do Rio, mas perdeu a indicação do PSC para a ex-juíza Glória Heloiza.

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