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Aldemir Bendine chega à carceragem da Lava Jato em Curitiba

Bendine ficará em uma cela da PF por ao menos cinco dias, prazo da prisão temporária decretada pelo juiz federal Sergio Moro

Por Da Redação
27 jul 2017, 15h48

Aldemir Bendine, ex-presidente do Banco do Brasil e da Petrobras, chegou por volta das 13h40 à carceragem da Polícia Federal (PF) em Curitiba, base da Operação Lava Jato. Ele foi preso às 6 horas da manhã desta quinta-feira em Sorocaba, no interior de São Paulo, na 42ª fase da Lava Jato, batizada de Operação Cobra. Ele é suspeito de ter recebido 3 milhões de reais em propinas da empreiteira Odebrecht.

Bendine viajou de carro até Curitiba, escoltado por agentes da PF. A distância percorrida pelo comboio foi de aproximadamente 360 quilômetros. Ele ficará em uma cela da PF por ao menos cinco dias – prazo da prisão temporária decretada pelo juiz federal Sergio Moro, responsável pela Lava Jato na primeira instância.

Condomínio de luxo

Bendine ainda dormia quando a PF chegou à casa em que ele mora com a família, num condomínio de luxo localizado na zona sul de Sorocaba. Ele foi acordado pelos policiais e levado para a sede da PF na cidade, a quatro quilômetros do condomínio, na Rodovia Raposo Tavares.

Pouco antes das 9h, policiais federais ainda faziam buscas na casa. Foram apreendidos computadores e documentos. Bendine é natural de Paraguaçu Paulista, no oeste do estado, mas passou a morar em Sorocaba com a esposa Silvana para acompanhar o estudo das suas filhas. Uma das jovens cursa medicina na Pontifícia Universidade Católica (PUC-Sorocaba). A outra formou-se em direito, em 2013, pela Universidade de Sorocaba (Uniso).

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Antes, Bendine morou por mais de dez anos em Conchas, cidade com 17 mil habitantes, na região do Médio-Tietê, onde iniciou carreira no Banco do Brasil. Foi nessa cidade que se casou com Silvana, em 1988. Em Sorocaba, o executivo levava uma vida discreta. Quando ainda era presidente da Petrobras, costumava frequentar com a família um restaurante especializado em comida portuguesa, acompanhado sempre por seguranças.

Acusações

As investigações que levaram Bendine para a cadeira partiram das delações premiadas de Marcelo Odebrecht e de Fernando Ayres, ex-executivos do grupo Odebrecht, e se basearam em trocas de mensagem e em ao menos duas reuniões. Na primeira, ainda à frente do Banco do Brasil, Bendine teria solicitado 17 milhões de reais aos executivos, em troca de benefícios em um empréstimo da Operação Agroindustrial. Ele não teve o pedido atendido.

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Já em 2015, às vésperas de assumir o comando da Petrobras e já no segundo ano de atividade da Operação Lava Jato, Bendine teria reiterado o pedido, reduzindo-o para 3 milhões de reais. A promessa, segundo os executivos, era beneficiar a Odebrecht na petroleira num momento em que as investigações se aproximavam da empresa. O valor foi pago em três parcelas de 1 milhão de reais, no apartamento do operador Antônio Carlos Vieira da Silva Júnior.

Também foi preso nesta fase da Lava Jato o operador André Gustavo Vieira, que declarou os valores recebidos como serviços de consultoria empresarial prestado para a Odebrecht. Segundo o informado à Receita Federal, Vieira recebeu 3 milhões de reais entre março e abril deste ano, referentes a um contrato anterior de 17 milhões de reais — justamente as quantias solicitadas por Bendine e seus operadores, segundo os delatores.

(Com Estadão Conteúdo)

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