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Alckmin e Doria reafirmam apoio entre eles, mas não garantem exclusividade

Presidenciável tucano indicou que ficará fora do palanque do sucessor, Márcio França, mas lembrou que outros partidos que o apoiam podem ter candidato

Por Guilherme Venaglia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 20 jul 2018, 18h57

O ex-governador Geraldo Alckmin e o ex-prefeito João Doria, pré-candidatos do PSDB à Presidência da República e ao governo de São Paulo, respectivamente, deram nesta sexta-feira, 20, uma demonstração de união durante o ato que confirmou o deputado Rodrigo Garcia (DEM) como candidato a vice na chapa estadual.

Aproximação vista como estratégica para ambos, ela teve como ponto alto a indicação de Alckmin de que ele ficará de fora do palanque do atual governador Márcio França (PSB), seu ex-vice, depois sucessor e agora pré-candidato à reeleição. Questionado sobre o assunto, uma vez que França tem reiterado que o apoia ao Planalto, o ex-governador respondeu apenas: “Meu candidato é o João Doria”.

Minutos antes, no entanto, respondendo a um questionamento de VEJA se Doria será de fato seu único palanque em São Paulo, Alckmin havia dito o mesmo, mas fazendo uma ressalva. “O que você tem é que nem sempre, no Brasil inteiro, o apoio dos partidos nos estados coincide com o apoio na União. Isso existe: eu estou saindo daqui e estou indo para Rondônia, é diferente. Então você tem partidos que já estão apoiando o João Doria e que ainda não estão me apoiando e vice-versa”, disse.

Por esse raciocínio, portanto, um partido que tenha um candidato a governador que não seja Doria e o apoie nacionalmente poderia, por essa lógica, contar com algum apoio da sua parte. Esse, no entanto, não deve ser um grande problema entre Alckmin e o ex-prefeito, já que os principais adversários dele – França, Paulo Skaf (MDB) e Luiz Marinho (PT) – são de partidos que hoje estão muito distantes de qualquer acerto nacional com o PSDB.

Do seu lado, Doria falou sobre o chamado “voto bolsodoria”, movimento identificado em pesquisas recentes de opinião que mostram o voto nele para governador e no deputado Jair Bolsonaro (PSL) para presidente. Ele voltou a dizer que “só tem plano A, de Alckmin” e que está comprometido com a candidatura do seu partido, mas com uma pequena ressalva: não recusa voto de ninguém. “Voto não se recusa. Todos que desejarem votar em nós serão votos bem-vindos e bem recebidos”, completou.

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Peça-chave

O estado de São Paulo é visto como peça-chave para a campanha de Alckmin. Maior colégio eleitoral do país, governado quatro vezes pelo tucano, o estado tem tudo para ser decisivo para que o pré-candidato do PSDB possa ir para o segundo turno e, até, vencer a eleição, reduzindo a diferença de outras regiões, como o Nordeste, onde ele não vai tão bem.

Só que, até agora, ele não tem tido o sucesso esperado nas pesquisas, vendo Bolsonaro e até o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à sua frente em levantamentos. Uma das razões cogitadas nos bastidores é o conflito entre as simpatias dele por Doria e Márcio França. Ficar em um único barco seria, para aliados, a melhor estratégia para ele avançar.

Pelo que reafirmou nesta sexta, Alckmin deverá ir com Doria e deixar o candidato do PSB de fora de seu palanque. Resta saber se o atual governador manterá, pelo seu lado, o apoio que vem prometendo a ao tucano desde que assumiu o cargo, há três meses.

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