Alckmin defende parceria com Dilma para amenizar crise hídrica
Tucano afirmou que pedirá ao governo federal redução de impostos e aporte de recursos para realizar obras de interligação entre bacias
O governador paulista reeleito, Geraldo Alckmin, e a presidente reeleita Dilma Rousseff mostram disposição para buscar um acordo para amenizar a crise hídrica do Estado de São Paulo, um dos temas mais debatidos na campanha presidencial.
Nesta quarta-feira, Alckmin afirmou que pedirá ao governo federal recursos financeiros e desoneração de impostos para realizar novos investimentos em obras de saneamento e interligação de bacias. Segundo o tucano, recursos como a isenção de PIS e Confins para empresas de saneamento básico seria utilizada em investimentos. O tucano ainda frisou a importância da parceria com o governo federal para as obras de interligação do Rio Jaguari, da bacia do Paraíba do Sul, com a represa do Atibainha, do Sistema Cantareira.
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Ao ser questionamento sobre as afirmações feitas pela presidente em entrevista na terça-feira, em que ela disse que informou ao governo estadual em fevereiro sobre o risco da falta de água, o tucano não quis entrar em conflito. “A eleição já acabou. Não deve haver um terceiro turno. Isso prejudica a população. A nossa disposição é a do diálogo e da cooperação”, afirmou. “O governo federal é um grande parceiro e vamos encaminhar e já temos vários pleitos”, acrescentou.
Ao falar sobre os impostos, o tucano defendeu a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). “O governo federal precisa tirar o imposto da água. É inacreditável. Só a Sabesp paga ao governo federal 680 milhões de reais de PIS e Cofins”, criticou.
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