O candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, voltou a cobrar neste sábado que a presidente-candidata Dilma Rousseff deixe o gabinete oficial e saia às ruas para conhecer as demandas da população. “Eu não sei o resultado da eleição, mas, independentemente disso, eu vou fazer uma campanha nas ruas, olhando para as pessoas. Já a presidente está sitiada”, disse o senador tucano. “Dilma não consegue fazer nenhum evento que não seja previamente programado, sob os olhos de todo tipo de seguranças, inclusive misturando o público e o privado”, continuou.
Neste sábado, Aécio participou do primeiro ato de campanha no Rio Grande do Sul, em um evento em Porto Alegre que reuniu cerca de 6.000 militantes tucanos. Além de Porto Alegre, Aécio esteve nesta semana em Brasília, Belo Horizonte e Curitiba. Ao lado do governador de São Paulo, ele fará uma caminhada neste domingo em São José dos Campos, no interior do Estado.
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Aos gaúchos, Aécio defendeu que o Brasil volte a investir no empreendedorismo e amplie sua participação no comércio internacional. Para o senador tucano, o país vive um “atrasado alinhamento ideológico” ao retardar negociações com a União Europeia e priorizar países como a Argentina e a Venezuela. “Nós não podemos estar permanentemente amarrados às conveniências de todos os países do bloco do Mercosul. Uma flexibilização nas regras necessariamente terá de ser discutidas”, afirmou. “O período de eleição será favorável à retomada do diálogo com outros países do mundo. O Brasil cada vez mais vem reduzindo sua participação no comércio internacional. Seremos o último na América do Sul em crescimento. Esse é sim um quadro perverso da herança maldita que o governo deixará ao seu sucessor”, disse o tucano.