Aécio Neves diz que troca de farpas com Dilma ficou para trás
Senador participou na tarde deste sábado da carreata que encerrou a campanha do atual prefeito da capital mineira, Márcio Lacerda (PSB)
O senador Aécio Neves (PSDB-MG) afirmou neste sábado que a sequência de troca de farpas com a presidente Dilma Rousseff ficou para trás: “Hoje é paz e amor. Eu só respondi àquilo que achei impróprio”, disse ele, em Belo Horizonte. O tucano não quis comentar afirmações de petistas que classificaram de grosseria seu questionamento irônico sobre o local de votação da presidente – Dilma, apesar de mineira, vota em Porto Alegre. Antes disso, a petista havia afirmado que não deixou Minas Gerais para ir à praia, numa provocação direta a Aécio. O embate entre os dois é o maior atrativo da disputa pela prefeitura de Belo Horizonte.
Aécio participou da carreata que encerrou a campanha do atual prefeito da capital mineira, Márcio Lacerda (PSB), que é candidato à reeleição e favorito para vencer já no primeiro turno. Lacerda percorreu dois trechos em pontos opostos na cidade; no bairro de Venda Nova, de baixa renda, e na zona industrial do Barreiro.
O adversário de Lacerda, Patrus Ananias (PT), permanece na briga – mas a falta de um terceiro candidato de peso torna improvável a ocorrência de uma segunda etapa na eleição.
A última pesquisa Datafolha, divulgada na quinta-feira, mostrou Lacerda na liderança das intenções de voto. Neste sábado, o candidato do PSB disse estar otimista, mas foi cauteloso quanto à vitória no primeiro turno: “Dizer que se tem certeza de alguma coisa, exceto o que a ciência comprova, é sinal de alguma perturbação mental”.
No encerramento da campanha, Patrus optou por uma caminhada na região da Praça Tiradentes, no centro de Belo Horizonte.
Tanto em um caso quanto em outro, o número de militantes acompanhando os candidatos era reduzido. É um dos sinais de que a campanha não está empolgando o eleitor de Belo Horizonte: em parte, por causa da monotonia do debate. A disputa opõe um prefeito e um ex-prefeito que foram aliados até quatro meses atrás. Ambos apoiam o governo Dilma Rousseff. Com propostas semelhantes, os dois passam a maior parte do tempo trocando críticas sobre as articulações políticas da chapa rival.
Leia também:
BH: a eleição que Dilma nacionalizou com olhos em 2014
Aécio Neves diz que Lula age como chefe de facção