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Acordo reduz chance de greve em aeroportos no fim do ano

Pacto foi fechado entre sindicatos de aeroviários ligados à Força Sindical e o Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias

Por Da Redação
20 dez 2011, 19h16

Decisão isola a Central Única dos Trabalhadores (CUT) nas negociações salariais.

Governo sustenta a posição de que não haverá caos aéreo e aposta que a greve não vai acontecer.

As empresas aéreas fecharam nesta terça-feira um acordo com os sindicatos ligados à Força Sindical que, na prática, reduz as chances de greve nos aeroportos no final do ano. A decisão isola a Central Única dos Trabalhadores (CUT) nas negociações salariais. Ao mesmo tempo, o governo assegurou que não haverá caos aéreo e aposta que a greve não vai acontecer.

Até o início da noite, os sindicatos do município do Rio de Janeiro e do Estado do Amazonas, que representam empregados que trabalham em terra, firmaram um compromisso com o Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea) aceitando a proposta patronal de reajuste de 6,17%, em linha com a variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).

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O sindicato de aeroviários de São Paulo ainda poderá votar a proposta nesta terça-feira, mas, desde o início, descartava uma paralisação das atividades, segundo Uébio José da Silva, presidente da Federação Nacional dos Trabalhadores em Transporte Aéreo, ligado à Força Sindical. A entidade representa cerca de 25 mil do total de 60 mil empregados de companhias aéreas do país, segundo Silva.

Também ficou acertado um aumento de 10% para o valor dos pisos salariais, vale-refeição e cesta básica. Por último, foi criado um piso específico para operadores de equipamentos de mil reais. “Há um clima de diálogo. Não há o menor ambiente para greve em nível nacional nas empresas aéreas. Ainda mais por causa de uma diferença de reajuste tão pequena e às vésperas do Natal”, disse Odilon Junqueira, negociador das empresas.

Aumento – Segundo Silva, as companhias devem aplicar o reajuste salarial a todos os funcionários do Brasil, independentemente do sindicato a que estão filiados. A decisão enfraquece a CUT e pode sepultar a paralisação. “Isso dificulta fazer a greve. É um pouco decepcionante porque ainda tínhamos dois dias para negociar, mas não me surpreende vindo da Força Sindical”, afirmou Gelson Fochesato, presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas (tripulação).

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Na segunda-feira, Fochesato e o Sindicato Nacional dos Aeroviários (pessoal de terra) notificaram o Tribunal Superior do Trabalho (TST) que os empregados de aéreas cruzariam os braços a partir das 23:00 da próxima quinta-feira. Eles queriam 7% de reajuste, que embute um aumento real de 0,83%. “Vamos submeter a proposta à assembleia. Por enquanto, a greve está mantida. Só depois da assembleia saberemos”, disse a presidente do sindicato dos aeroviários, Selma Balbino.

Antes mesmo do acordo do Rio e Amazonas ser divulgado, a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, descartou a possibilidade de apagão aéreo no final do ano. Mesmo se houver greve, o passageiro não sofrerá transtornos, segundo a ministra. Ela disse confiar nas previsões do ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil, Wagner Bittencourt, que monitora a situação e mantém contato com as aéreas.

“Nós temos conversado com as empresas e acreditamos que elas estão com programas para atender as pessoas nos aeroportos”, afirmou. “Acreditamos que não teremos problemas.” Para a ministra, ainda há margem para avançar nas negociações entre trabalhadores e empresas aéreas. “Acreditamos que tudo vai se resolver bem.” O Ministério Público do Trabalho informou que acompanha o caso e que poderá acionar o TST se for necessário.

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(com Agência Estado)

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