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Abaixo a liberdade: a queda da estátua da Havan

No meio de uma guerra política, infelizmente, a réplica brasileira nada tem a ver com a original, símbolo de esperança inaugurado em 1886

Por Alessandro Giannini Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 28 Maio 2021, 06h00

Na semana passada, o litoral do Rio Grande do Sul sofreu com as intempéries climáticas. O mau tempo foi resultado de um ciclone extratropical formado a partir de pontos de baixa pressão no norte da Argentina. Em consequência, a região foi varrida por vendavais de até 80 quilômetros por hora, causando muitos estragos. Uma das vítimas dos fortes ventos foi a réplica da Estátua da Liberdade que ornamentava a entrada da loja especializada em quinquilharias Havan em Capão da Canoa. A estrutura de fibra de vidro, com 3,5 toneladas e mais de 20 metros de altura, caiu de cara no chão, sem ferir ninguém, a não ser o orgulho do dono da rede de varejo, Luciano Hang. Na queda, o ícone da idolatria de Hang por tudo que é americano também foi atravessado por um poste. Para azar do empresário, conhecido popularmente como “Véio da Havan”, a imagem rapidamente inundou a internet e as redes sociais de memes que lembravam a cena do empalamento do padre Brennan (Patrick Troughton) no filme A Profecia, de 1976. Hang fez troça, “kkkk”, ao postar a foto do totem vazio com uma imagem do boneco que simboliza o Grêmio, time para o qual torce, no lugar do monumento. Mas ele voltará, para desconforto de quem o considera cafona e, no avesso, para celebração dos que apoiam o empresário em sua lida para defender o governo de Jair Bolsonaro. No meio de uma guerra política, infelizmente, a réplica brasileira nada tem a ver com a original, presente da França aos EUA, inaugurada em 1886 para saudar, como símbolo de esperança, os imigrantes que chegavam a Nova York.

Publicado em VEJA de 02 de junho de 2021, edição nº 2740

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