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A estratégia de Paes para garantir o apoio dos evangélicos contra o avanço de Ramagem no Rio

De olho na reeleição no primeiro turno, o prefeito vai participar de evento com 300 líderes neste sábado, como o bispo Abner Ferreira, da Assembleia de Deus

Por Lucas Mathias Atualizado em 27 set 2024, 18h09 - Publicado em 27 set 2024, 17h57
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  • O prefeito Eduardo Paes (PSD), ao lado do bispo Abner Ferreira, da Assembleia de Deus, em agosto: os dois estarão juntos novamente neste sábado, 28
    O prefeito Eduardo Paes (PSD), ao lado do bispo Abner Ferreira, da Assembleia de Deus, em agosto: os dois estarão juntos novamente neste sábado, 28 (Reprodução/Instagram)

    A pouco mais de uma semana das eleições municipais, o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), voltou a investir no eleitorado religioso, de olho em garantir a reeleição ainda no primeiro turno. Ele participa, neste sábado, 28, de evento com cerca de 300 lideranças evangélicas, como o bispo Abner Ferreira, presidente da Assembleia de Deus Ministério de Madureira. E publicou, nesta sexta, vídeo em que defende o apoio recebido de líderes, após críticas em suas publicações nas redes. 

    A preocupação se fundamenta no que mostrou a mais recente pesquisa Quaest, divulgada no dia 18 de setembro. Segundo o levantamento, Paes segue liderando com 57% das intenções de voto, o que indica a possibilidade de vitória no primeiro turno. Mas entre os eleitores evangélicos, marca 45%. E se comparado ao cenário anterior, ele registrou queda de nove pontos percentuais, enquanto o bolsonarista Alexandre Ramagem (PL) cresceu sete pontos e foi a 25%. O mesmo foi visto entre católicos: o candidato do PSD caiu de 68% para 61%, enquanto o nome do PL foi de 12% para 22%. 

    Coordenador da campanha de Paes para o eleitorado religioso, o deputado federal Otoni de Paula (MDB/RJ) atribui a queda a uma “tentativa de descredibilização” feita pelo bolsonarismo contra líderes e fiéis que apoiam o alcaide. Isso estaria acontecendo por meio de uma rede de ataques online, por meio de comentários em posts, por exemplo, o que o parlamentar chama de uma “máquina de triturar reputações do bolsonarismo com evangélicos”. Com a nova ofensiva para garantir os votos desses eleitores, a equipe eleitoral de Paes pretende “estancar”, nas palavras de Otoni, esse movimento. 

    “Nossa estratégia é estancar essa tentativa de descredibilização dos líderes evangélicos que estão caminhando com o Eduardo. Há uma máquina de triturar reputações do bolsonarismo com evangélicos. Como se a igreja fosse obrigada a caminhar para onde os bolsonaristas caminham. Como se os líderes tivessem perdido a autonomia”, diz. 

    ‘Agenda sacra’

    Para este sábado, Paes terá um encontro marcado às 15h no Centro de Convenções do hotel Hilton, na Barra da Tijuca, onde estará com pequenos líderes evangélicos, além de grandes figuras da religião, como o bispo Abner Ferreira. Outro retrato dessa resposta foi publicado nesta quinta-feira, 27, nas redes sociais de Paes. O prefeito compartilhou um vídeo em que defende o apoio de lideranças evangélicas, além da sua presença nas igrejas para fazer campanha. No registro, ele lê críticas publicadas em seus posts, antes de comentá-las. 

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    “Estão tentando a todo custo desqualificar centenas de pastores, pastoras, missionários e artistas evangélicos por terem declarado apoio à minha reeleição. A cegueira da ideologia é tão assustadora que eles contestam até mesmo a autoridade de líderes que há décadas fazem um trabalho sério de evangelização”, diz Paes, antes de ressaltar sua atuação política junto a esse segmento religioso.

    Desde o início da campanha eleitoral, o prefeito tem amarrado o apoio e se encontrado com grandes líderes evangélicos de diferentes vertentes, como a Igreja Universal do Reino de Deus, a Assembleia de Deus e a Igreja Batista Atitude, por exemplo. A interlocução de Paes com esse segmento passa até pelo pastor Silas Malafaia, ferrenho defensor do bolsonarismo, mas que declarou que ficaria neutro na eleição do Rio por sua boa relação com o alcaide. 

    O prefeito Eduardo Paes (PSD) junto ao Arcebispo do Rio, Dom Orani Tempesta, em encontro nesta sexta-feira
    O prefeito Eduardo Paes (PSD) junto ao Arcebispo do Rio, Dom Orani Tempesta, em encontro nesta sexta-feira (Reprodução/Instagram)

    A agenda tem sido extensa. Nesta sexta, o prefeito publicou registro de encontro com o líder presbiteriano Isaías Maciel. E esteve no Monte de Orações Escadaria de Jacó, em Irajá, na Zona Norte, que está em fase final de obras. Na quarta-feira, Paes foi à Igreja Universal da Abolição, também na Zona Norte do Rio, ao lado do bispo e vereador candidato à reeleição Inaldo Silva (Republicanos). E, na segunda, compartilhou outra foto de uma reunião com o Arcebispo do Rio, Dom Orani Tempesta, o que indica também o apelo junto aos católicos, religião da qual ele é também adepto. 

    Atalho do bolsonarismo

    De fato, a tentativa de avançar sobre o eleitorado religioso tem sido a prioridade da campanha de Ramagem. No entendimento do coordenador da equipe do bolsonarista, Bruno Bonetti, é esse o melhor caminho para que o nome do PL cresça e chegue ao segundo turno. 

    Para isso, Ramagem tem explorado sua associação com o presidente Jair Bolsonaro, seus filhos e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, que costumam ter boa votação entre evangélicos no Brasil, e também no estado do Rio. A ideia, já que Paes tem o apoio das grandes lideranças, tem sido buscar o apoio dos fiéis com um “trabalho de formiguinha”, e ressaltando o conservadorismo. 

    Para as próximas ações da campanha de Ramagem, o discurso seguirá sendo o de “estabelecer contrastes” entre ele e Eduardo Paes, atrelando a imagem do prefeito à rejeição do presidente Lula no Rio e explorando temas da pauta ideológica, como o aborto, a política de drogas e o antipetismo.  

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