Menos de um mês após parte da ciclovia Tim Maia, na Avenida Niemeyer, ser atingida por uma onda e ruir, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSDB), é apontado pela maioria dos eleitores da cidade como o responsável pelo acidente, que deixou duas vítimas. Dos 900 cariocas ouvidos pelo Instituto Paraná Pesquisas entre os dias 9 e 12 de maio, 47,9% atribuem ao peemedebista a responsabilidade pela queda da ciclovia, enquanto 43,1% culpam o engenheiro responsável e 40,9% o consórcio Contemat/Concrejato.
O instituto de pesquisa também questionou aos eleitores do Rio de Janeiro se o incidente com a ciclovia poderá influir na escolha do candidato a prefeito nas eleições municipais de outubro. Paes aposta nos Jogos Olímpicos como trunfo eleitoral para emplacar o secretário Pedro Paulo Carvalho na prefeitura a partir de 2017. Neste caso, 53,6% responderam que o incidente pode pesar no voto, 43,6% responderam que não e 2,9% não sabem ou não responderam.
A 81 dias da abertura dos Jogos, que para o bem ou para o mal projetarão o nome de Eduardo Paes nacionalmente, o peemedebista também experimenta índices altos e crescentes de desaprovação.
De acordo com a pesquisa, 64,1% dos cariocas desaprovam a gestão de Eduardo Paes, enquanto 32,8% aprovam a administração municipal e 3,1 não sabem ou não opinaram. Em dezembro de 2015, Paes era rejeitado por 54,5% dos cariocas e bem avaliado por 42,5%; em junho do ano passado, a avaliação negativa de seu mandato era de 42,9%, ao passo que a positiva era de 53,1%.
Com o pupilo Pedro Paulo envolvido em um caso de violência doméstica contra a ex-mulher, Alexandra Marcondes, conforme revelou VEJA em outubro de 2015, Eduardo Paes é rejeitado por 64,4% das mulheres. A avaliação negativa entre os homens não fica muito atrás: 63,7%.
Pezão – Em meio ao tratamento contra um câncer no sistema linfático, o governador Luiz Fernando Pezão, também do PMDB, é desaprovado por 83,9% dos eleitores da capital fluminense e aprovado por apenas 13,2%.
Além de ataques constantes de grupos criminosos às Unidades de Polícia Pacificadora (UPP), vitrine que rendeu dividendos eleitorais ao ex-governador Sérgio Cabral (PMDB) e a Pezão, o estado passa uma crise financeira que já levou ao fechamento temporário de hospitais e adiamento no pagamento de aposentadorias de servidores.
O governador em exercício do Rio, Francisco Dornelles (PP), defende a moratória de dois anos dos juros das dívidas dos estados com a União.
(da redação)