Os protestos deste domingo, 31, mostraram que existem dois tipos de manifestantes para a Polícia Militar. Os primeiros são formados por pessoas que confundem camisa da seleção brasileira com patriotismo, que espalham vírus de doença e querem acabar com a democracia. Para essa turma, a PM só falta entregar flores. Os outros tinham camisas de clubes de futebol e gritavam a favor da democracia e contra o racismo. Nesses, a PM baixou o sarrafo.
Foi uma escolha. O problema é que a PM não está aí para fazer escolha. Ela está para servir e proteger o cidadão, independente da sua posição política. E o que assistimos neste domingo foi o uso seletivo da força. E fica claro que o bolsonarismo está aparelhando a Polícia Militar. E é um grande risco. A Polícia Militar não pode ter partido.