O Senado concluiu nesta quarta-feira, 2, a votação em primeiro turno da reforma da Previdência. Com muito mais dificuldade do que se supunha. Primeiro, porque o texto foi aprovado com 56 votos a favor, a previsão era de 60. Depois, só haviam 72 senadores na sessão, o que é um quórum baixo para uma votação dessa importância.
Depois da votação do texto-base, os parlamentares começaram a votar os destaques. E aí, o governo Bolsonaro sentiu que estava encrencado. O Senado retirou do projeto a criação de um critério mais rígido do abono salarial. E você poderia imaginar que os senadores estavam ali votando para ajudar a vida de trabalhadores mais pobres. Mas não. Eles emplacaram essa derrota ao governo para mostrar a insatisfação com outra lei, que não tem nada a ver com a Previdência: a divisão dos recursos do leilão do pré-sal, entre União, estados e municípios.