Mônica, a dentuça, faz 50 anos. E aposta no mundo móvel

Para celebrar data, a famosa criação de Mauricio de Sousa e sua turma ganham mais de dez aplicativos para tablets e smartphones até o final do ano

Por Rafael Sbarai
26 fev 2013, 09h32

Monica Spada e Sousa, filha de Maurício e diretora comercial da empresa (Divulgação/VEJA/VEJA)

No próximo dia 3, Mônica, a garotinha do vestido vermelho mais famosa dos gibis, completa 50 anos. Criada pelo cartunista Mauricio de Sousa no início da década de 60 especialmente para homenagear sua filha – cujo nome inspirou o da personagem -, Mônica vai retribuir o carinho dos leitores de um jeito, digamos, descolado. Nas próximas semanas, a baixinha, gorducha e dentuça vai apostar nos novos – e inseparáveis – companheiros de crianças, adolescentes e adultos: os smartphones e tablets. Estima-se que, até o final do ano, estejam disponíveis de dez a quinze aplicativos da personagem e sua turma nesses dispositivos. Com exclusividade, o site de VEJA lista as principais atrações que serão apresentadas pela empresa.

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Para celebrar a data, a companhia Mauricio de Sousa Produções (MSP) lança nas próximas semanas o primeiro jogo da Mônica para plataformas com sistemas operacionais iOS (Apple) e Android (Google). O game, de estratégia, reunirá outros populares protagonistas da série, como Magali, Cebolinha e Cascão. O objetivo da empresa, agora, é trabalhar com um público diversificado. “Teremos mais de dez aplicativos, como jogos para crianças, revistas digitais e até guias turísticos voltados aos pais”, garante Marcos Saraiva, gerente de produtos digitais da MSP e neto de Mauricio de Sousa. No segundo semestre, o foco é apostar em um aplicativo para leitura dos gibis, que reunirá também uma banca virtual para adquirir os quadrinhos.

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Tirinha da Mônica sobre os 50 anos (VEJA)

Outro espaço que também não será ignorado pela empresa será a página oficial da Turma da Mônica na web, que não recebe mudanças visuais significativas há quase uma década. “No início, houve um grande investimento digital, mas sem retorno. Transportar todos os conteúdos publicados no site era um investimento caro. E decidimos realizá-lo agora”, explica Saraiva.

Já em relação aos investimentos na maior rede social do planeta, o Facebook, todo cuidado é pouco. Apesar da popularidade do site – que reuniu há pouco mais de 1 bilhão de pessoas conectadas -, a equipe de produtos digitais da companhia estuda saber se, de fato, vale o investimento na plataforma. “Estamos estudando o retorno das aplicações na rede, mas há uma barreira que merece ser respeitada: os termos de uso e privacidade do serviço não permitem a interação entre crianças menores de 13 anos. Perdemos assim uma fatia valiosa de público”, explica Mônica Spada e Sousa, filha de Mauricio e diretora comercial da empresa. Para tanto, a estratégia na plataforma é de lançar serviços pontuais.

Até novembro, três aplicações criadas na própria rede social vão permitir interação entre usuários e a própria personagem. Entre elas, haverá um concurso cultural em que pessoas deverão demonstrar o amor por Mônica a partir de imagens. “Percebemos que, no Facebook, há um comportamento diferente. Fãs de Mônica compartilham muitas imagens que exemplificam o carinho com a personagem. Vamos trabalhar para que isso ainda tenha mais destaque agora”, finaliza Fernanda Ramalho, gerente de marketing da MSP. É a Mônica do mundo moderno, agora cada vez mais móvel e conectada.