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Cientistas criam célula controlada por genoma sintético

Por Marco Túlio Pires
20 Maio 2010, 15h58

Pesquisadores do Instituto J. Craig Venter, nos Estados Unidos, anunciaram a criação da primeira célula controlada por um genoma sintético. Genoma é toda a informação hereditária de um organismo, codificada em seu DNA. A pesquisa foi publicada na revista Science desta semana e, de acordo com os autores, o avanço científico pode levar à criação de microorganismos programados para desempenhar funções específicas – e que poderiam ser usados em áreas tão diversas quanto a produção de vacinas, o controle da poluição atmosférica ou o refino de biocombustíveis.

A pesquisa foi liderada por J. Craig Venter, biólogo-empresário que chefiou o programa privado de sequenciamento do genoma humano concluído em 2003. O grupo de cientistas utilizou duas técnicas que já haviam sido desenvolvidas pelo instituto: o transplante de um genoma natural entre microorganismos e a replicação de um genoma de bactéria de maneira sintética – um procedimento em que os cromossomos são construídos com substâncias químicas, a partir de informações contidas em computadores. Para criar a célula sintética, eles introduziram um genoma artificial numa célula natural.

Segundo Venter, aprender a copiar sinteticamente organismos que já existem na natureza é o passo inicial para que outros avanços – bem mais espetaculares – aconteçam. O objetivo declarado dos cientistas é criar microorganismos. Uma das linhas de pesquisa propõe a criação de algas capazes de capturar o CO2 e transformá-lo em novos combustíveis.

Venter reconhece que a capacidade de “construir” novos organismos pode levar à criação de agentes causadores de doenças, mas acredita que a técnica representa “um aumento linear na capacidade de fazer o mal e um aumento exponencial na capacidade de fazer o bem”.

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Processo de pesquisa – No trabalho publicado na Science, a equipe de Venter sintetizou o genoma da bactéria M. mycoides, acrescentando a ele uma “marca d’água” para distingui-lo da versão natural.

A marca d’água inclui, segundo Venter, os nomes de coautores e colaboradores do estudo, um endereço na internet e três citações literárias, entre as quais a seguinte frase do físico Richard Feynman: “O que sou incapaz de construir, sou incapaz de compreender”.

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