Um teste genético poderá detectar pacientes com câncer de mama que têm risco mais elevado de recorrência após o tratamento de quimioterapia. Essa foi a conclusão de um estudo realizado por cientistas do Dana-Farber Cancer Institute, em Boston (EUA). Especialistas acreditam que esse será mais um passo para um tratamento “personalizado” do câncer.
Ao escanear o código genético de tumores tirados de mulheres que passam pelo tratamento, os especialistas identificaram que dois genes parecem cortar o efeito de uma determinada classe de medicamentos, as antraciclinas. A descoberta pode poupar futuras pacientes de efeitos secundários de um medicamento que sabidamente está destinado a falhar, com o uso de drogas alternativas.
Até o momento, o fato de um medicamento ser mais eficiente em algumas mulheres e menos em outras ainda não pode ser explicado facilmente. Os especialistas acreditam que as propriedades moleculares dos pacientes e de seus tumores pode ser a chave para o entendimento e para a escolha do tipo de tratamento adequado.
De acordo com reportagem da rede britânica BBC, entidades internacionais dedicadas ao combate e à prevenção do câncer parabenizaram os responsáveis pela pesquisa, mas alertaram que ainda é preciso algum tempo para que os resultados sejam confirmados – e para que qualquer teste seja desenvolvido.