Paulistanos estão fumando menos, aponta estudo
O número de pessoas que fumam dois ou mais maços de cigarro por dia na cidade de São Paulo caiu 31% entre 2009 e 2010
“Ao reduzir o consumo, você reduz o dano. Mas não é comparável a quem nunca fumou”
Jaqueline Ribeiro Scholz Issa, cardiologista e e coordenadora do Programa de Tratamento do Tabagismo do Instituto do Coração (Incor)
O número de pessoas que fumam dois ou mais maços por dia teve queda de 31% entre 2009 e 2010. O levantamento foi promovido pelo Centro de Referência em Álcool, Tabaco e outras Drogas (Cratod) e divulgado nesta terça-feira pela Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo.
Para chegar à classificação do grau de tabagismo de cada entrevistado, o Cratod aplicou um teste que mede a concentração de monóxido de carbono no organismo da pessoa. Segundo a secretaria, trata-se de uma espécie de “bafômetro do cigarro”. O balanço mostrou que em 2009, 24,86% foram apontadas como fumantes pesados, 10,46% como fumantes leves (menos que um maço por dia) e 22,51% como não fumantes. Já em 2010, os fumantes pesados representaram 29,19%, os fumantes leves 13,82% e os não fumantes 28,15%. Cerca de 1.000 pessoas foram entrevistadas em cada ano do levantamento.
Segundo Jaqueline Ribeiro Scholz Issa, cardiologista e e coordenadora do Programa de Tratamento do Tabagismo do Instituto do Coração (Incor) em São Paulo, a lei antifumo, que teve início em 2009, pode ser considerada uma das principais responsáveis por essa mudança. “Isso é uma evolução. Mas é preciso lembrar que baixo consumo não quer dizer baixa dependência.”
Ao reduzir a quantidade de espaços que permitem o fumo, as pessoas passam a fumar em menores quantidades. “Quem é viciado consegue eliminar os cigarros em excesso, mas não todos”, diz. “Ao reduzir o consumo, você reduz o dano. Mas não é comparável a quem nunca fumou.”
Saiba como fazer para deixar o cigarro:
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