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Trio que estuda sistema imunológico leva Nobel de Medicina

Prêmio foi concedido a Bruce Beutler, Jules Hoffmann e Ralph Steinman, que descobriram chave de ativação do sistema imunológico

Por Da Redação
3 out 2011, 07h36

Os cientistas Bruce Beutler, dos Estados Unidos, Jules Hoffmann, de Luxemburgo, e Ralph Steinman, do Canadá, receberam nesta segunda-feira o prêmio Nobel de Medicina de 2011. O trio de pesquisadores foi agraciado por seus trabalhos sobre o sistema imunológico. Steinman faleceu três dias antes do prêmio ser anunciado, vítima de um câncer de pâncreas.

Os premiados

Os cientistas que receberam o prêmio Nobel

  1. Bruce A. Beutler nasceu em 1957, em Chicago. É professor de genética e imunologia no The Scripps Research Institute na cidade de La Jolla, Estado da Califórnia. Conseguiu desvendar como o sistema imunológico dos mamíferos é parecidos com o dos insetos na hora em que recebem hóspedes indesejados.
  2. Jules A. Hoffmann nasceu em 1941 em Echtermach, Luxemburgo. Ele liderou o um laboratório de pesquisas em Strasbourg, na França, entre 1974 e 2009. Ele também foi presidente da Academia Nacional de Ciências Francesa entre 2007 e 2008. Em 1996, ele estudou moscas-de-fruta e tentava descobrir como esses insetos combatiam infecções.
  3. Ralph M. Steinman nasceu em 1943 em Montreal, no Canadá. Afiliado da Rockefeller University em New York desde 1970, ele é professor de imunologia e preside Center for Immunology and Immune Diseases. Em 1973, descobriu as células dendríticas. A presença dessas células faz com que os linfócitos T – células de defesa do corpo – trabalhem

Segundo comunicado do Comitê Nobel, em Estocolmo, os pesquisadores foram premiados porque suas pesquisas “revolucionaram a compreensão do sistema imunológico, ao descobrir as principais chaves de sua ativação”. Ainda de acordo com o comunicado: “Beutler e Hoffmann compartilham metade do prêmio por seus trabalhos sobre o sistema imunológico inato. Steinman é recompensado por seus trabalhos sobre o sistema imunológico de adaptação”.

O americano e o luxemburguês dividirão metade do prêmio (1,48 milhão de dólares) e o canadense receberá a outra metade. Os três receberão o prêmio em uma cerimônia no dia 10 de dezembro, em Estocolmo, na Suécia.

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Ao anúncio do Nobel de Medicina seguirão esta semana os de Física e Química, terça-feira e quarta-feira, o de Literatura, na quinta-feira, e o da Paz, na sexta-feira.

Descobertas – Os cientistas direcionaram suas pesquisas para encontrar as chaves essenciais do sistema imunológico, necessário para defender o corpo do ataque de bactérias e outros microrganismos.

Beutler e Hoffmann descobriram, em 1996, proteínas receptoras capazes de reconhecer os microrganismos que fazem mal ao corpo e ativar a imunidade inata – o primeiro passo para a resposta do sistema imunológico. Já Steinman foi premiado por sua descoberta em 1973, sobre células dendríticas, que ajudam a regular a imunidade adaptativa, o segundo passo da resposta do sistema de defesa.

A primeira linha de defesa, imunidade inata, pode destruir microorganismos invasores e desencadear uma inflamação que contribui para bloquear o ataque. Se os microorganismos conseguirem romper esta linha de defesa, a imunidade adaptativa entra em em ação. Com os linfócitos T e B, ela produz anticorpos e células assassinas para destruir as células infectadas. Depois de conseguir vencer a agressão infecciosa, o sistema imunológico adaptativo mantém uma memória imunológica. Ela permite uma mobilização mais rápida e uma resposta mais potente da próxima vez que ocorrerem os ataques do mesmo microorganismo.

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“As descobertas dos três ganhadores do Prêmio Nobel abriram novos caminhos para o desenvolvimento de prevenção e tratamento contra infecções, câncer e doenças inflamatórias”, diz o comunicado. De acordo com o anúncio, o trabalho dos pesquisadores tem sido fundamental para aprimorar as vacinas contra doenças infecciosas e também no combate a tumores. Além disso, as descobertas contribuem com novas pistas sobre o tratamento de doenças inflamatórias em que os componentes do sistema de autodefesa atacam os próprios tecidos do corpo.

Morte – Segundo nota da Universidade de Rockefeller, Ralph Steinman, do Canadá, morreu no último dia 30. “Ele foi diagnosticado com câncer de pâncreas há quatro anos, e a vida dele se prolongou graças à aplicação de uma imunoterapia à base de células dendríticas que ele mesmo criou”, disse o comunicado.

(com agência France-Presse)

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