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França: Começa o julgamento de fabricantes de próteses mamárias adulteradas

Executivos da empresa francesa Poly Implant Prothese (PIP) respondem a 5.000 queixas de mulheres que receberam os implantes de silicone da marca

Por Da Redação
17 abr 2013, 12h08

Cinco executivos da França começaram a ser julgados nesta quarta-feira por fornecerem próteses mamárias adulteradas da empresa francesa Poly Implant Prothese (PIP). Entre 2001 e 2010, mais de 300.000 mulheres ao redor do mundo receberam os implantes de silicone da PIP. A ação judicial contra a empresa inclui 5.000 queixas e 300 advogados.

Em dezembro de 2011, o governo francês recomendou que todas as 30.000 mulheres que haviam recebido a prótese mamária da PIP no país retirassem o implante. Foi constatado que o fabricante do produto utilizava silicone industrial nas próteses, que apresentavam índices de ruptura acima do normal e, portanto, um risco de vazamento. As próteses irregulares já foram retiradas do mercado.

Jean-Claude Mas, fundador e presidente-executivo da PIP, admitiu que as próteses eram preenchidas com uma receita caseira e não aprovada à base de gel de silicone para uso industrial. Ele e quatro outros executivos são acusados de fraude qualificada, e podem pegar até cinco anos de prisão cada, além de terem que pagar multas.

Um pavilhão de exposições próximo à antiga fábrica da PIP foi transformado em tribunal improvisado para acomodar a multidão esperada para o julgamento, que deve durar até 14 de maio. Das mais de 5.000 ações individuais movidas contra a PIP, que já foi a terceira maior fabricante mundial de próteses mamárias, 220 partiram de mulheres de fora da França.

Câncer – Médicos dizem não haver indício de relação entre essas próteses e casos de câncer de mama, mas, nos meses subsequentes à revelação da fraude, cirurgiões plásticos do mundo todo disseram ter recebido um grande número de solicitações para retirarem as peças de pacientes preocupadas. Quase metade das francesas com implantes da PIP já optaram por retirá-los, seja por causa de rupturas ou por precaução, segundo o governo do país.

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Brasil – No Brasil 25.000 implantes da marca foram utilizados. A venda do produto foi proibida pela Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) em abril de 2010, após a França ter identificado uma taxa elevada de rupturas dos implantes da PIP. Com a recomendação do governo francês de que as mulheres retirassem os implantes, a agência brasileira cancelou o registro das próteses da marca e anunciou que recolheria os 10.097 implantes que ainda estavam em posse da importadora.

Leia também:

Anvisa comprova problema de resistência em prótese PIP

(Com agência Reuters)

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