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África e Ásia devem ter remédios contra HIV mais baratos

Farmacêutica americana Gilead Sciences é a primeira a licenciar a produção de medicamentos genéricos para tratamento da aids em países subdesenvolvidos

Por Da Redação
12 jul 2011, 10h46

A Gilead Sciences, farmacêutica líder em drogas contra o HIV, acaba de licenciar a produção de medicamentos genéricos contra o HIV para países pobres. A empresa americana é a primeira a assinar o Medicine Patente Pool (fundo para patentes de medicamentos, em tradução livre) – um acordo que negocia remédios mais baratos contra a aids para países subdesenvolvidos.

De acordo com Ellen ‘t Hoen, diretora executiva do Fundo, o grupo tem feito negociações também com as empresas ViiV Healthcare, Bristol-Meyes Squibb, Roche, Boehringer Ingelheim e Sequoia Pharmaceuticals. Os novos medicamentos devem beneficiar os portadores do vírus que moram em países da África e da Ásia.

Lançado pela Unitaid (fundo mundial para a compra de remédios por países pobres), o Medicine Patente Pool negociou com a Gilead a cópia para genéricos das drogas tenofovir, emtricitabine, cobicistat, elvitegravir e do Quad, uma combinação em pílula única de todas essas substâncias.

“Com licenças sistemáticas da propriedade intelectual de drogas contra o HIV, os países subdesenvolvidos terão acesso a versões mais baratas desses medicamentos quase ao mesmo tempo em que eles estão sendo disponibilizados nos países ricos”, diz ‘t Hoen. Tradicionalmente, os pacientes dos países em desenvolvimento têm que esperar durante anos antes de terem acesso a essas drogas.

Royalties – A empresa Gilead irá receber um royalty de 3% das vendas de genéricos de tenofovir, que é também aprovado para uso contra hepatite B, e 5% das vendas das demais drogas. As licenças irão permitir a venda do tenofovir e do emtricitabine em 111 países, do cobicist em 102 países e do elvitegravir e do Quad em 99 países.

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Considerando que outras empresas se juntem ao fundo, as patentes poderão significar uma economia de mais de 91 bilhões de dólares aos países pobres por ano. O fluxo financeiro para a Gilead – e eventuais outras farmacêuticas -, no entanto, deve ser irrisório, uma vez que os preços dos genéricos na África podem ser de 1% ou 2% do cobrado nos países ricos.

Processo – Há 10 anos, a Big Pharma (grupo de representantes das indústrias farmacêuticas americanas) processou a África do Sul por causa de uma lei interna que beneficiava os medicamentos genéricos. A batalha judicial provou-se um desastre para a imagem das indústrias. Desde então, as empresas vêm participando de uma série de acordos voluntários e individuais que permitem a cópia de drogas para medicamentos genéricos.

(Com agência Reuters)

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