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Tratamento com estimulação magnética no cérebro pode ajudar fumante a largar o cigarro

Mais de um terço dos tabagistas parou de fumar em um estudo com pulsos magnéticos transcranianos de alta frequência. A técnica já é usada no Brasil para casos de depressão e esquizofrenia

Por Da Redação
13 nov 2013, 16h43

É possível que, dentro de algum tempo, os fumantes tenham um novo aliado caso queiram abandonar o cigarro: um tratamento com pulsos magnéticos que estimulam determinadas regiões do cérebro. Em um novo estudo, treze sessões da técnica realizadas ao longo de apenas três semanas foram capazes de manter alguns fumantes longe do cigarro por pelo menos seis meses.

A técnica, conhecida como estimulação magnética transcraniana (EMT), é um procedimento não invasivo que usa pulsos magnéticos para estimular e alterar a atividade de áreas específicas do cérebro. Em 2012, o Conselho Federal de Medicina (CFM) liberou o uso clínico desse tratamento para casos de depressões uni e bipolar, alucinações auditivas em esquizofrenia e em planejamento de neurocirurgias.

“Se você estimula regiões do cérebro que são associadas ao desejo por drogas, você pode mudar o circuito do órgão envolvido nessa dependência e, eventualmente, reduzir o tabagismo”, diz Abraham Zangen, professor da Universidade Ben-Gurion do Negev, em Israel, onde o estudo foi realizado.

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Participaram da pesquisa 115 pessoas que fumavam um maço de cigarros ou mais por dia e que já haviam tentado parar de fumar ao menos duas vezes sem sucesso. Elas foram divididas em três grupos: o primeiro passou por sessões de estimulação magnética cerebral de alta frequência; o segundo recebeu o tratamento de baixa frequência; e o terceiro foi submetido a um tratamento falso que não impactava a atividade cerebral.

Metade dos integrantes de cada grupo viu a imagem de um cigarro aceso antes do procedimento – assim, os cientistas poderiam saber a região cerebral exata que é ativada quando surge a vontade de fumar. O restante das pessoas de cada grupo não foi exposto a nenhuma imagem.

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Efeitos – Depois de 13 sessões dos tratamentos, realizadas ao longo de três semanas, os melhores resultados foram observados naquelas pessoas que receberam estimulação de alta frequência e que olharam para a imagem de um cigarro antes do procedimento. Entre esses participantes, 44% haviam deixado de fumar após as três semanas de terapia e 36% continuavam longe do cigarro após seis meses.

Entre os participantes que receberam a estimulação com baixa frequência, e que não olharam para a imagem do cigarro, 28% abandonaram o vício quando o tratamento terminou. As conclusões do estudo foram apresentadas nesta terça-feira durante o encontro anual da Sociedade para Neurociência, em San Diego, nos Estados Unidos.

Os autores lembram que, embora o uso de estimulação magnética cerebral seja aprovado em países como Estados Unidos e Brasil, ele ainda não é autorizado para ajudar as pessoas a parar de fumar.

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