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Greve contra reforma trabalhista paralisa usinas nucleares na França

Protestos contra mudança na lei paralisaram dezesseis das dezenove estações de energia nuclear do país e podem prejudicar os estoques de eletricidade e petróleo

Por Da Redação
26 Maio 2016, 10h21

O impasse entre o governo francês e sindicatos do país a respeito de reformas trabalhistas se agravou nesta quarta-feira, levando a paralisação das principais usinas nucleares, além de protestos em todo o território. Pela primeira vez em seis anos, a França precisou mobilizar os estoques estratégicos de petróleo e empregadores alertam que as greves começam a prejudicar a economia.

Em um dos maiores protestos, manifestantes se encontraram nesta manhã na praça central da cidade portuária de Harfleur, soltando foguetes e usando buzinas. Em seguida, os ativistas foram até Ponte da Normandia, que cruza o rio Sena na cidade de La Havre, e incendiaram uma pilha de pneus, bloqueando a passagem. A polícia usou canhão de água para romper um bloqueio a um depósito de combustível, enquanto funcionários de dezenove usinas nucleares francesas votaram pela paralisação nesta quinta-feira.

Ministros insistiram que o governo do presidente socialista François Hollande se manterá firme e vai assegurar a oferta de combustível com as reservas estratégicas, que são grandes o suficiente para durar mais de três meses. Especialistas do setor também afirmaram que a greve, convocada pelo sindicato CGT (Confederação Geral do Trabalho), dificilmente provocaria blecautes devido aos limites legais para paralisações no setor nuclear, além das importações de energia. O motivo das manifestações é uma reforma trabalhista que facilitaria a contratações e a demissões. O governo de Hollande defende que as mudanças são crucias para combater o desemprego, mas o sindicato afirma que a reforma irá desmantelar as leis de proteção trabalhista.

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O primeiro-ministro Manuel Valls disse a parlamentares que pode considerar a modificação e alguns pontos da nova lei, mas se nega a desistir completamente do plano. “A CGT não governa este país, nós não vamos retirar as reformas”, afirmou. O líder da CGT, Philippe Martinez, declarou que o sindicato, um dos maiores da França, seguirá adiante com as greves. A energia nuclear é responsável por 75% da energia da França e, segundo a CGT, dezesseis das dezenove estações de energia do país serão afetadas com as paradas.

Sete entre dez franceses são a favor da retirada da reforma para evitar impasses entre o governo e os sindicatos, mostrou uma pesquisa da empresa Elabe. Muitos franceses temem que os protestos pelo país sejam danosos à imagem da França no exterior e prejudiquem a Euro 2016, torneio de futebol com um mês de duração que começa em 10 de junho.

(Com Reuters)

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