Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Turcos vão às urnas em clima de alta tensão

Depois de perder a maioria absoluta no Parlamento em junho, o presidente Recep Tayyip Erdogan convoca a população a um novo pleito em menos de cinco meses

Por Da Redação
Atualizado em 30 jul 2020, 21h21 - Publicado em 1 nov 2015, 11h47

Mais de 50 milhões de turcos foram convocados às urnas neste domingo para eleger um novo parlamento. A votação teve início às 7h no leste da Turquia (2h, horário de Brasília) e uma hora depois no restante do país, e deve terminar às 17h (12h no horário de Brasília). Uma proibição impede que os resultados sejam divulgados antes das 21h, mas esse horário costuma ser antecipado pelas as autoridades eleitorais.

O pleito é o segundo em cinco meses e foi antecipado depois que o Partido da Justiça e do Desenvolvimento (AKP), fundado pelo atual presidente Recep Tayyip Erdogan, perdeu a maioria absoluta no Parlamento nas eleições de 7 de junho. Apesar de ter recebido 40,6% dos votos, o partido foi incapaz de encontrar um parceiro menor de coalizão e perdeu a situação favorável com que contava há 13 anos.

Ao mesmo tempo, a instabilidade política tomou o país: o cessar-fogo com militantes curdos deu lugar a confrontos sangrentos, a guerra na vizinha Síria se agravou e a Turquia, país membro da Otan, foi atingido por dois ataques de homens bomba ligados ao grupo Estado Islâmico, que mataram mais de 130 pessoas.

“A Turquia tem feito grandes progressos no caminho da democracia e isso será reforçado com as eleições de hoje”, disse o presidente Erdogan ao depositar seu voto em Istambul.

Críticos do líder islâmico conservador dizem que o pleito foi convocado para conseguir apoio suficiente para eventualmente modificar a constituição a seu favor e concentrar mais poder em suas mãos. Selahattin Demirtas, líder do Partido Democrático Popular (HDP), pró-curdo, disse que Erdogan “se vê como o líder religioso de um califado”. Já Kemal Kılıçdaroğlu, líder do Partido Republicano do Povo (CHP, social-democrata), alertou: “Alguns querem restaurar o sultanato no país. Não permitam!”.

Continua após a publicidade

Pesquisas sugerem que o apoio ao partido de Erdogan pode ter aumentado um pouco, mas não o suficiente para que os resultados da atual eleição sejam muito diferentes daqueles apresentados em junho.

Cerca de 400 mil policiais foram mobilizados para garantir a segurança da votação, especialmente no sudeste do país, afetado pela retomada do conflito curdo.

(Com Reuters)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.