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Atentado na Bélgica: “homem do chapéu” deixou testamento em defesa do terror

Na carta, Mohammed Abrini conta que a morte de seu irmão em um atentado suicida na Síria o motivou a entrar no grupo Estado Islâmico (EI)

Por Da Redação
18 Maio 2016, 17h08

Mohammed Abrini, preso após ser identificado como o “homem do chapéu” que aparece nas imagens gravadas no aeroporto de Zaventem, em Bruxelas, pouco antes dos ataques do dia 22 de março, escreveu uma espécie de testamento no qual justifica seu envolvimento no movimento jihadista e sua vontade de realizar um atentado suicida.

A emissora francesa BFM TV revelou nesta quarta-feira a existência dessa carta, que teria sido apagada de um computador que os membros da célula terrorista que atacou o aeroporto jogaram fora perto do apartamento usado por eles em Bruxelas. O texto que os investigadores conseguiram recuperar foi escrito no dia 2 de fevereiro, quando Abrini era um dos homens mais procurados da Europa por sua ligação com Salah Abdeslam, considerado o responsável pela logística dos atentados de Paris em 13 de novembro do ano passado, que também está preso.

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Na carta, Abrini conta que a morte de seu irmão em um atentado suicida na Síria em julho de 2014 o levou a uma introspecção religiosa e o motivou a entrar no grupo Estado Islâmico (EI). O terrorista chama os autores dos ataques em Paris, que deixaram 130 mortos e centenas de feridos, de “heróis”. Além disso, defende que os ataques foram uma resposta à política francesa em territórios muçulmanos e ao apoio do governo do país a Israel.

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Abrini, um belga-marroquino de 31 anos, pedia que sua mãe o perdoasse por suas ações e afirmava que se reuniria com seu irmão no paraíso, um elemento que os investigadores acreditam reforçar a ideia de que ele pretendia morrer em um atentado suicida. O “homem do chapéu” não assinou o testamento como Abrini, mas sim como Abou Yaya, que segundo a BFM era como seu irmão era chamado na Síria.

O conteúdo desse “testamento” contrasta com o depoimento que a Abrini prestou às autoridades depois de ter sido preso em Bruxelas em abril. Ele tentou minimizar seu papel nos ataques e, segundo trechos vazados à imprensa, afirmou que “não faria mal a uma mosca”.

A polícia já tinha descoberto uma carta deixada por outro dos autores do ataque ao aeroporto, Ibrahim El Bakraoui, no computador que os terroristas jogaram fora no distrito de Schaerbeek. Ibrahim foi um dos dois homens que morreram no aeroporto. Seu irmão, Khalid El Bakraoui, foi o responsável pelo ataque à estação de metrô de Maelbeek, próxima à sede das instituições europeias.

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(Com agência EFE)

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