Suprema Corte italiana absolve Amanda Knox e encerra caso
Americana e o então namorado italiano Raffaele Sollecito ficam livres das condenações pelo assassinato de Meredith Kercher, em 2007
Mais de sete anos depois, a americana Amanda Knox é absolvida do assassinato da britânica Meredith Kercher, no capítulo final de uma história que se arrastou nos tribunais. Nesta sexta-feira, a Suprema Corte da Itália anulou a condenação de Amanda e seu ex-namorado italiano Raffaele Sollecito pela morte de Meredith em 1º de novembro de 2007 em Perugia, por considerar que não havia provas suficientes.
A decisão cancela a pena de 28 anos e meio de prisão para Amanda e de 25 anos para Sollecito, imposta por um tribunal de apelação de Florença em janeiro do ano passado. O único culpado a ir para a cadeia é Rudy Guede, traficante condenado a dezesseis anos de prisão depois que suas digitais foram encontradas no quarto onde a britânica foi morta. O corpo de Meredith foi encontrado seminu, degolado e com ferimentos pelo corpo no flat que ela dividia há um mês com Amanda.
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Nem Amanda nem Sollecito foram ao tribunal nesta sexta. Ela vive nos Estados Unidos desde que sua primeira condenação foi derrubada, em outubro de 2011. Sollecito acompanhou os dois dias de audiência que antecederam a leitura do veredicto, mas preferiu ficar longe da Corte no momento decisivo.
Por meio de seu advogado, a americana afirmou estar “imensamente feliz” com a decisão, e avisou que vai pedir indenização por “detenção injusta”. O Supremo só condenou Amanda a três anos por calúnia, mas ela já cumpriu esta pena durante o período de prisão preventiva. A condenação tem como base acusações da jovem contra um músico que trabalhava em um bar. Sollecito afirmou que a sentença “devolveu-lhe a dignidade e a liberdade”.
Arline Kercher, mãe de Meredith, se disse “surpresa e muito chocada”. “É uma verdade difícil de digerir para a família”, acrescentou o advogado Francesco Maresca, segundo declaração reproduzida pelo jornal La Stampa.
(Da redação)