Suécia permite que Julian Assange apele contra ordem de prisão
O hacker australiano está asilado na embaixada equatoriana em Londres desde 2012. Ele diz que os Estados Unidos têm interesse em sua extradição
A Suprema Corte da Suécia garantiu ao hacker australiano Julian Assange o direito de apelar de um mandado de prisão referente ao processo ao qual ele responde no país por acusações de estupro datadas de 2010. Asilado desde junho de 2012 na embaixada equatoriana em Londres, o fundador do site de vazamentos WikiLeaks nega as denúncias e diz que o governo sueco tem interesse em enviá-lo aos Estados Unidos para que ele responda pela publicação de documentos secretos na internet. Anteriormente, a Justiça sueca havia negado um pedido de apelação protocolado pelo australiano.
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Em março, a promotoria sueca surpreendeu ao conceder a permissão para que Assange fosse interrogado sobre os crimes na embaixada equatoriana. O hacker de 43 anos nega as acusações de estupro feitas por duas mulheres que ele conheceu durante uma viagem à Suécia, em agosto de 2010. O australiano diz que tudo não passa de um plano do governo dos Estados Unidos para obter sua extradição. Washington não chegou a formalizar nenhuma denúncia contra ele.
O WikiLeaks começou a operar em 2006. Assange teve participação direta na publicação de ao menos 250.000 telegramas diplomáticos americanos e 500.000 documentos militares secretos. Segundo a rede BBC, ainda não há uma data prevista para o hacker ser ouvido pelos promotores suecos.