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Santos é reeleito presidente colombiano

Com mais de 98% das urnas apuradas, Juan Manuel Santos tem 50% dos votos e Oscar Iván Zuluaga, 45%. Abstenção deve superar os 50%, apontam dados

Por Da Redação
15 jun 2014, 19h25

O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, superou o candidato da oposição Oscar Iván Zuluaga e é reeleito par mais um mandato de quatro anos. Com mais de 98% das urnas apuradas, Santos tem 50,85% e Zulaga, 45,09%, segundo informa o jornal El Tiempo, com informações das autoridades eleitorais do país. Mais de 32 milhões de colombianos foram convocados às mesas de votação, que abriram às 08h00 locais (10h00 de Brasília). Ainda não saíram os dados oficias do comparecimento às urnas, mas, se acordo com estimativas, a abstenção deve superar 50% – na Colômbia, o voto não é obrigatório. No primeiro turno, a abstenção chegou a 60%, a mais alta dos últimos 20 anos no país.

A eleição deste domingo foi a mais disputada dos últimos tempos, segundo analistas, marcarão o futuro do processo de paz com a guerrilha, após meio século de conflitos. Os embates armados, que envolvem as guerrilhas, paramilitares e grupos de criminosos, deixaram mais de 220.000 mortos e cinco milhões de deslocados. O processo de paz com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), principal grupo rebelde do país, que o governo de Santos leva adiante desde novembro de 2012 em Havana, dominou o debate eleitoral. Santos busca seguir com as negociações, que já produziram avanços em temas como a reforma rural, a participação política dos guerrilheiros, a luta contra o narcotráfico e o reconhecimento às vítimas, com a promessa de que a paz beneficiará a todos, em um país onde um terço dos 47 milhões de habitantes é pobre, apesar de um crescimento superior a 4% anual.

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Determinado a alcançar uma pacificação integral da Colômbia depois de protagonizar uma ofensiva contra as Farc quando era ministro da Defesa de Uribe, o presidente revelou nesta semana o início de negociações com o Exército de Libertação Nacional (ELN), segunda guerrilha do país, um anúncio que seu rival considerou eleitoreiro. Zuluaga, inicialmente um feroz opositor a dialogar com a guerrilha, suavizou seu discurso depois de vencer o primeiro turno no dia 25 de maio, dizendo que só negociará se as Farc abandonarem as ações terroristas, as minas terrestres, o recrutamento de crianças, os sequestros e extorsões. Preocupado com a impunidade dos guerrilheiros, Zuluaga também exige um mínimo de seis anos de prisão para seus chefes.

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Para este segundo turno, as Farc, com 8.000 combatentes, voltaram a declarar um cessar-fogo unilateral. O ELN, com 2.500 membros, não se somou desta vez, mas se comprometeu a não atrapalhar a votação. Santos foi votar em companhia de sua mulher e filhos no centro eleitoral instalado na sede do Congresso da Colômbia, onde toda a família mostrou sua escolha nas cédulas de votação antes de depositá-las na urna. “Ontem [sábado] nossa seleção Colômbia venceu, hoje nossa democracia vence. Faço um convite a todos os colombianos porque na medida em que votemos na paz, com tranquilidade, de acordo com nossa consciência, nosso país será libertado”, declarou Santos à imprensa, referindo-se à estreia da seleção de seu país no Mundial do Brasil-2014 com uma vitória de 3 a 0 sobre a Grécia. “Hoje, neste dia tão importante, grandes coisas estão sendo definidas para o futuro de nossa nação”, acrescentou o presidente, no poder desde 2010.

Santos, de 62 anos, e Zuluaga, de 55, ambos ex-ministros de Uribe e outrora aliados políticos, estavam em empate técnico, segundo as últimas pesquisas divulgadas na semana passada. No primeiro turno, Zuluaga venceu com 29,3% dos votos contra 25,7% de Santos. As campanhas de ambos os candidatos foram marcadas por escândalos envolvendo espionagem, acusações de traição e corrupção.

(Com agência Reuters)

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