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Presidente nomeia novo premiê e crise se aprofunda

EUA advertem Maliki sobre necessidade de formação de novo governo

Por Da Redação
11 ago 2014, 10h38

O presidente do Iraque nomeou nesta segunda-feira Haider al Abadi, membro da coalizão xiita, para o cargo de primeiro-ministro do país, em uma decisão que deve aumentar a crise política, uma vez que o atual premiê, Nouri al Maliki, insistia em continuar no cargo, por comandar o maior bloco do Parlamento. O presidente Fouad Massoum, encarregado de nomear um novo governo, é membro do partido de Maliki, que tem origem na oposição política clandestina ao ditador Saddam Hussein e, assim como outros líderes atuais do governo, viveu no exílio durante parte do regime, informou o jornal The New York Times. Recentemente, Abadi foi escolhido vice-presidente do Parlamento.

Os iraquianos, que já estão acuados pelo avanço dos terroristas do Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL), agora devem enfrentar mais tensões no campo político, diante da resistência de Maliki em permanecer no poder – mesmo que tenha de usar força militar para isso. No domingo, um desafiante Maliki, em busca de um terceiro mandato, reuniu forças iraquianas no centro do governo, em Bagdá, em uma demonstração de força para intimidar o presidente. Reeleito em 2010, Maliki até ensaiou um governo de coalizão, convocando ministros curdos e sunitas para o seu gabinete, mas a farsa não tardou a cair. Em 2012, ele afastou os políticos sunitas e, no início deste ano, entrou em atrito com os curdos.

Os Estados Unidos advertiram o primeiro-ministro sobre a necessidade de seguir o processo constitucional na formação de um novo governo, sem tentar usar seus poderes de comandante em chefe para continuar no gabinete. “Não deve haver uso de força. Nenhuma introdução de tropas ou milícias neste momento de democracia para o Iraque”, disse o secretário de Estado John Kerry, durante visita a Austrália. “O Iraque precisa terminar seu processo de formação de governo e espero que o senhor Maliki não vai tumultuar as águas”, acrescentou.

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Em discurso no domingo, o premiê acusou o presidente de “violar a constituição” e “dar prioridade aos interesses de alguns grupos e não aos do povo iraquiano” ao atrasar sua indicação para continuar no cargo. Os Estados Unidos advertiram que “haverá pouco apoio internacional” ao governo de Maliki, se ele “se desviar da constituição” e interromper o processo de formação do governo. O apoio militar de nações estrangeiras é vital para o Iraque, que luta para tentar conter o avanço de terroristas do EIIL que atuam principalmente no norte do país.

Uma decisão da Corte máxima do Iraque foi alvo de controvérsia na manhã desta segunda-feira. Inicialmente, uma TV estatal anunciou que a Corte federal havia confirmando que o partido de Maliki, o Estado de Direito, é o maior bloco parlamentar. Na sequência, no entanto, o porta-voz da Corte afirmou que, na verdade, o tribunal havia pedido ao presidente que escolhesse o bloco com maior número de parlamentares. A coalizão governista conquistou o maior número de cadeiras nas eleições realizadas em abril, mas o Parlamento não concordou em conceder um terceiro mandato para Maliki.

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