Paramilitares armados assassinaram, neste sábado, a prefeita de Temixco, um povoado do Estado mexicano de Morelos (no centro do país) fortemente afetado pelo crime. A prefeita Gisela Mota, de 33 anos, foi morta menos de 24 horas depois de tomar posse. O governador de Morelos, Graco Ramírez, confirmou o atentado contra a prefeita Gisela – ambos do Partido da Revolução Democrática (PRD), de esquerda. Ramírez classificou o assassinato como um “desafio da criminalidade” e garantiu que já estão detidos os suspeitos de terem cometido o crime.
Fontes da polícia disseram que Gisela foi assassinada à queima-roupa por vários indivíduos armados. O bando invadiu sua casa e abriu fogo. Mais tarde, o governo de Morelos divulgou um comunicado mais detalhado, relatando que a polícia conseguiu “abater dois e prender uma dupla de suspeitos pelo atentado”.
Leia também
Jovens são linchados e queimados no México
‘Narcos’ da vida real: A ostentação dos traficantes exibida no Instagram
Temixco é um dos municípios com mais alto índice de criminalidade de Morelos, Estado assolado por grupos criminosos ligados a tráfico de drogas, sequestro e extorsão. Muitas vezes, os bandidos operam com a conivência das autoridades. Um desses grupos é o cartel Guerreros Unidos, que teria cometido, segundo a Procuradoria Geral, o assassinato dos 43 estudantes desaparecidos no estado vizinho de Guerrero, em setembro de 2014. O governador Ramírez prometeu que “não haverá impunidade” pelo homicídio de Gisela, ocorrido em meio a uma batalha política em Morelos que afeta o funcionamento das polícias locais.
(Da redação)