Obama confirma morte de refém e promete punir terroristas
Confirmação ocorre quatro dias depois de o Estado Islâmico alegar que Kayla Mueller morreu em um ataque aéreo da Jordânia. Família recebeu mensagens dos terroristas com foto da vítima
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, confirmou nesta terça-feira a morte da americana Kayla Mueller, que havia sido sequestrada pelo grupo terrorista Estado Islâmico. E prometeu que os Estados Unidos vão “encontrar e levar à justiça os terroristas responsáveis”.
A confirmação ocorre quatro dias depois de o grupo terrorista que dominou partes da Síria e do Iraque afirmar – sem apresentar provas – que a ajudante humanitária havia sido morta em um ataque aéreo realizado pela Jordânia. A informação foi negada pelo governo jordaniano, que classificou a alegação como ‘propaganda’ dos terroristas.
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Nesta terça, a Casa Branca disse que a morte pôde ser confirmada depois de a família da mulher de 26 anos receber uma mensagem dos terroristas. “Durante o final de semana, a família recebeu uma mensagem privada dos sequestradores de Kayla contendo informações adicionais”, disse a porta voz do Conselho Nacional de Segurança, Bernadette Meehan.
Segundo a rede americana CBS, os parentes de Kayla receberam uma mensagem de e-mail com uma foto mostrando que ela havia morrido “recentemente”. A causa e a data exata da morte, no entanto, não estavam claras. A área de inteligência dos EUA verificou a autenticidade da foto antes de confirmar a morte oficialmente.
“Ela foi tirada de nós, mas seu legado permanece, inspirando todos aqueles que lutam, cada um a sua maneira, pelo que é justo e o que é decente”, disse Obama no comunicado. “Não importa quanto demore, os Estados Unidos vão encontrar e levar à Justiça os terroristas que são responsáveis pelo sequestro e pela morte de Kayla”.
Kayla caiu nas mãos dos terroristas em agosto de 2013, em Aleppo, na Síria. Segundo familiares, o Estado Islâmico entrou em contato em maio com uma prova de que ela estava viva e a exigência do pagamento de um resgate de 7 milhões de dólares. O prazo dado pelo grupo terminou no dia 13 de agosto do ano passado. Não se sabe o que aconteceu depois dessa data.
Ao culpar a Jordânia pela morte da refém, o EI afirmou que um bombardeio havia atingido o prédio onde a americana estava. O anúncio foi feito dias depois da divulgação de um vídeo macabro no qual o piloto jordaniano Moaz Kasasbeh era queimado vivo dentro de uma jaula. Depois dessa barbárie, a Jordânia prometeu vingança e anunciou ataques aéreos contra posições do grupo terrorista.
(Com agência Reuters)