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NY: prefeito pede suspensão de protestos até enterro de policiais

Para De Blasio, ataque a policiais foi uma agressão contra cada nova-iorquino

Por Da Redação
22 dez 2014, 18h23

O prefeito de Nova York, Bill de Blasio, pediu nesta segunda-feira que o “debate político” e os protestos contra o uso excessivo de força pela polícia cessem até que sejam realizados os funerais dos dois policiais mortos a tiros no fim de semana. “É tempo para todos deixarem de lado o debate político, deixarem de lado os protestos, as coisas das quais vamos falar no tempo devido”.

Ao falar para os membros de uma entidade beneficente ligada ao Departamento de Polícia de NY, o prefeito pediu que todos fiquem ao lado das famílias dos policiais. “Vamos confortar esses familiares, vamos vê-los nesses funerais. Depois o debate pode começar de novo”.

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Por que o policial de Ferguson não foi indiciado

Rafael Ramos e Wenjian Liu foram mortos por um homem de 28 anos de idade com histórico de violência e problemas mentais. Ismaaiyl Brinsley teria atacado os dois agentes aparentemente em protesto contra as mortes de homens negros desarmados em Ferguson, no Missouri, e em Nova York. Depois de atacar os dois agentes na viatura policial, enquanto patrulhavam a região do Brooklyn, o atirador se matou.

Vários policiais viraram as costas para o prefeito quando ele chegou ao hospital no Brooklyn para onde os dois agentes foram levados depois de serem atingidos. O democrata está sendo muito criticado por associações policiais por apoiar os protestos relacionados a mortes de homens negros desarmados em ações da polícia.

Segundo o chefe de detetives do Departamento de Polícia nova-iorquino, Robert Boyce, semanas antes do ataque, Brinsley postou mensagens contra a polícia e contra o governo em suas contas em redes sociais. As mensagens mencionavam as mortes de Michael Brown e Eric Garner. Em uma delas, ele escreveu: “Eles tiraram 1 dos nossos… Vamos tirar dois deles”. Minutos antes do ataque, acrescentou Boyce, o agressor conversou com dois homens que estavam no local, convidando-os para segui-lo nas redes sociais. E disse aos dois: “Vejam o que eu vou fazer”.

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Em VEJA: Quando os fatos não têm vez

O prefeito De Blasio considerou o ataque aos policiais “um ataque contra todos nós”. “Foi um ataque contra a nossa democracia. Contra nossos valores. Foi um ataque contra cada um dos nova-iorquinos, e temos de vê-lo desta forma”.

A morte dos policiais deixou ainda mais frágeis as relações dos agentes com a comunidade, já desgastadas pelos protestos que se espalharam pelo país. O prefeito continua no epicentro do debate, com críticos condenando sua campanha de reforma das práticas policiais. O ex-comissário de polícia da cidade Ray Kelly disse que as relações entre De Blasio e os policiais estão tão tensas que o prefeito “provavelmente vai precisar de um intermediário para falar com as associações, talvez de um líder religioso”, disse ao jornal The Washington Post.

Primeiro democrata a governar Nova York em duas décadas, De Blasio foi eleito com a promessa de enfatizar a defesa dos direitos civis, mas também torce o nariz para políticas que ajudaram a transformar a cidade, uma das metrópoles mais violentas do país em uma das mais seguras.

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(Com agência Reuters)

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