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Macri surpreende Scioli e Argentina terá segundo turno

Com 92% dos votos apurados, o governista Scioli tem uma leve vantagem (36,35%) sobre o opositor Macri (34,78%). Os números representam uma surpresa para os analistas

Por Da Redação
26 out 2015, 06h23

O conservador Mauricio Macri surpreendeu na eleição presidencial deste domingo na Argentina ao obter um empate virtual com o favorito Daniel Scioli, candidato apoiado pela presidente Cristina Kirchner. Os dois disputarão o 2º turno no dia 22 de novembro, algo inédito na política do país. Quando muitos acreditavam que a vitória de Scioli era praticamente certa, a sede da campanha de Macri explodiu em aplausos quando foi anunciado que o conservador estava em primeiro lugar, superando o candidato governista nos primeiros números da apuração da Junta Nacional Eleitoral.

Nenhum candidato conseguiu 45% dos votos ou 40% com uma vantagem de 10 pontos sobre o segundo colocado, possibilidades que garantiriam a vitória no primeiro turno. Com 92% dos votos apurados, Scioli tem uma leve vantagem (36,35%) sobre Macri (34,78%). Os números representam uma grande surpresa para os analistas. Outra grande surpresa do dia foi a eleição para governador da província de Buenos Aires, na qual a opositora María Eugenia Vidal superava por cinco pontos o kirchnerista Aníbal Fernández, com mais de 90% dos votos apurados.

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“O que aconteceu hoje mudou a política do país”, disse eufórico Macri, um empresário e ex-presidente do clube Boca Juniors que é prefeito de Buenos Aires há oito anos. O analista político Jorge Giaccobe considerou o resultado “inédito”. “Todas as análises foram um profundo fracasso. Estamos diante de um feito inédito que ninguém percebeu, nem sequer Macri, que imaginava apenas estar no segundo turno”, disse.

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Na sede da campanha de Scioli, a festa deu lugar a um clima sombrio, apesar do candidato ter garantido a presença no segundo turno. “Convoco todos os indecisos e independentes para alcançar a vitória de todos os argentinos”, declarou Scioli antes do anúncio dos primeiros resultados. Sergio Massa, ex-chefe de gabinete da atual presidente e deputado peronista que passou À oposição, ficou em terceiro lugar. Massa agora tem o poder de influenciar seus eleitores e, em tese, decidir o segundo turno.

Fim da era Kirchner – A eleição encerra 12 anos de governos do casal Kirchner, de centro-esquerda. Impedida por lei de disputar o terceiro mandato, Cristina Kirchner apoia Scioli, um peronista moderado, que diferentemente dela tem boas relações com os mercados e o empresariado. Com uma inflação extraoficial de 20% a 30%, o país parou de crescer a taxas de 8% como no melhor período dos governos do casal Kirchner. O consumo permanece alto, mas o nível real da pobreza no país é motivo de polêmica com a oposição.

A eleição encerra uma era iniciada com o falecido marido da presidente, Néstor Kirchner (2003-2007). O casal emergiu com o tom esquerdista durante a pior crise da história do país, em 2001. Os eleitores também renovaram um terço do Senado, metade dos deputados e escolheram 11 dos 25 governadores. Nenhum partido deve ter maioria no Congresso, segundo analistas.

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(Da redação)

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