Líder de protestos em Hong Kong inicia greve de fome
China proíbe entrada de comitiva de deputados britânicos em ex-colônia
Por Da Redação
1 dez 2014, 20h23
Joshua Wong, um dos líderes estudantis do movimento pró-democracia de Hong Kong, e duas outras colegas anunciaram nesta segunda-feira que estão iniciando uma greve de fome. “Nestes tempos difíceis, há um dever. Hoje nós estamos prontos a pagar o preço, estamos prontos para assumir a responsabilidade”, escreveram os estudantes no Facebook, depois de anunciar a greve de fome aos manifestantes reunidos no distrito de Admiralty, palco dos protestos e ocupações.
Ex-colônia britânica, Hong Kong passou a ser uma região administrativa especial da China em 1997, ano em que o enclave foi devolvido. Pelo acordo entre britânicos e chineses, Hong Kong goza de um elevado grau de autonomia, liberdade de expressão e econômica. Também preserva elementos do sistema judicial ocidental. Essas condições devem ser mantidas pelo menos até 2047.
Wong e duas jovens do movimento, Lo Yin-wai e Wong Tsz-yuet, disseram que pretendem pressionar o governo de Hong Kong a atender suas demandas para a realização de eleições livres em 2017 no território sob o domínio chinês. O trio também convidou as autoridades de Hong Kong a reabrir as negociações com os estudantes. Cerca de 40 pessoas foram detidas na madrugada desta segunda-feira durante os confrontos entre policiais e manifestantes. Os estudantes tentaram cercar prédios governamentais em uma nova tática de protesto.
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Barrados – O governo chinês anunciou que não vai permitir a entrada de uma comitiva de parlamentares britânicos que pretendem realizar uma investigação das relações com sua ex-colônia e o estado da democracia na cidade. “Somos um comitê de membros eleitos do Parlamento de uma nação democrática que deseja avaliar o trabalho diplomático britânico em Hong Kong. O governo chinês está agindo de forma abertamente conflituosa ao recusar o nosso acesso para fazer o nosso trabalho”, disse o presidente da comissão de Assuntos Externos, Richard Ottaway, em comunicado.
O primeiro-ministro David Cameron classificou a decisão do governo da China como “um erro”. “A medida serve apenas para amplificar as preocupações sobre a situação em Hong Kong, em vez de diminuí-las”, disse seu porta-voz.
(Com agência Reuters)
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