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Jihadistas divulgam terceiro vídeo com o refém britânico

Falando em nome do Estado Islâmico, John Cantlie critica a coalizão liderada pelos EUA e diz que os jihadistas 'dão boas-vindas ao Exército de Obama'

Por Da Redação
30 set 2014, 07h39

O grupo jihadista Estado Islâmico (EI) divulgou nesta terça-feira um terceiro vídeo com um de seus reféns na Síria, o jornalista britânico John Cantlie, reporta a rede BBC. Na gravação, o jornalista aparece criticando a estratégia do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, contra os extremistas. Com duração semelhante aos vídeos anteriores, cinco minutos e meio, o vídeo mostra Cantlie se apresentando como “o cidadão britânico abandonado por seu governo e prisioneiro durante longo tempo do Estado Islâmico” – a mesma forma de apresentação que já tinha sido usada nas gravações anteriores.

O refém analisa, a partir da ótica do EI, o discurso feito por Obama em função do 13º aniversário dos atentados de 11 de setembro. O grupo jihadista considerou o discurso “decepcionantemente previsível” porque aponta os “EUA como o bom e o Estado Islâmico como o mau”. Obama “diz que derrotará o EI com a força aérea e uma coleção heterogênea de combatentes no terreno. O Estado Islâmico, por sua parte, dá as boas-vindas ao Exército em construção de Obama”, afirmou o refém.

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Como em ocasiões anteriores, Cantlie, vestido com uma roupa laranja, aparece sentado em uma mesa com fundo negro, em um simulacro de um programa de televisão dos jihadistas, e anuncia que haverá novas gravações. Cantlie foi sequestrado pelo EI em novembro de 2012. Desde agosto, a organização extremista sunita publicou gravações com a decapitação de três de seus sequestrados: os jornalistas americanos James Foley e Steve Sotloff e o voluntário britânico David Haines. Na Argélia, o grupo Jund al-Khilafa (‘soldados do califado’), ligado ao EI, decapitou e divulgou as imagens da morte do francês Hervé Gourdel.

Balanço – Pelo menos 233 pessoas morreram na Síria desde o início, há uma semana, da ofensiva aérea dos EUA e de seus aliados contra o grupo radical EI, afirmou nesta terça-feira o diretor do Observatório Sírio de Direitos Humanos, Rami Abderrahman. O ativista informou que pelo menos 211 combatentes jihadistas morreram desde o início dos ataques, em 23 de setembro. Deste número, estão incluídos pelo menos 60 membros da Frente Nusra, braço da Al Qaeda na Síria. Além disso, pelo menos 22 civis morreram nos bombardeios da coalizão internacional.

Os ataques tiveram como alvo posições e bases do EI nas províncias de Al Raqqah, Deir ez Zor, Al Hasaka, Aleppo e Idlib, todas no norte da Síria, assim como instalações petrolíferas em mãos da organização extremista sunita. No primeiro dia dos bombardeios, as forças internacionais também atacaram uma posição de um obscuro grupo denominado Khorasan, que estaria planejando um atentado contra os EUA e é composto por veteranos da Al Qaeda.

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Iraque – As forças curdas iniciaram nesta terça na região norte do Iraque uma ofensiva em três frentes contra os jihadistas do (EI). As operações, que começaram durante a madrugada, acontecem ao norte de Mosul, cidade controlada pelos jihadistas, ao sul da localidade petroleira de Kirkuk e contra uma cidade na fronteira com a Síria. Um comandante afirmou que os combatentes curdos (os peshmergas) entraram na cidade de Rabia, na fronteira com a Síria, depois de assumir o controle de dois vilarejos, As Saudiya e Mahmudiya.

Apoiados por bombardeios aéreos, os peshmergas também atacaram a cidade de Zumar, a 60 km de Mossul. A fonte peshmerga, que pediu anonimato, não revelou detalhes sobre o apoio aéreo. Os curdos assumiram o controle de Rabia e Zumar após a ofensiva de junho do EI. Mas após dois meses, os jihadistas atacaram as posições dos peshmergas, que foram obrigados a recuar. Mais ao sul, as forças curdas assumiram o controle de vilarejos na região de Daquq que estavam sob controle do EI desde junho. O EI proclamou um califado no Iraque e na Síria no final de junho, onde conquistou partes do norte e o centro de ambos os países.

(Com agências Reuters e EFE)

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